<b> O Ensino Fundamental de nove anos e os processos de avaliação: estratégias de regulação da população infantil </b>
DOI:
https://doi.org/10.5902/198464442713Palabras clave:
Nine-year Elementary Education, childhood, government, governmentality.Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/198464442713
Este artigo é parte da Tese de Doutorado que teve como objetivo discutir como o Ensino Fundamental de nove anos está inserido em práticas de governamento da infância e, ainda, como essas práticas possibilitam outro lugar escolar para as crianças de seis anos. O estudo busca compreender o que pode ser dito e pensado sobre os espaços e lugares que estão sendo destinados às crianças menores de sete anos e como isso vem produzindo o governamento da infância, a partir da noção de governamentalidade desenvolvida por Michel Foucault. Como material de pesquisa, foram utilizados alguns documentos que tratam da política de Ensino Fundamental de nove anos elaborados pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, bem como matérias jornalísticas que foram publicadas sobre o assunto no período mais intenso da implementação do Ensino Fundamental de nove anos (2005 – 2008). Neste artigo, as análises estão centradas nos processos de avaliação implicados nesta política educacional como uma das estratégias eficazes de regulação da população. Os resultados apontam para o fato de que as políticas educacionais contemporâneas, como é o caso do Ensino Fundamental de nove anos, ainda que enfoquem o direito à educação e a universalização da educação escolar para as crianças de seis anos e que pretendam incidir no sucesso escolar por meio das estratégias que utilizam, propõem novos modelos institucionais, novos modelos de aprendizagem, novos modelos de infância e criança.
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