Afroletramento docente: reflexões sobre a formação de professores na Amazônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644468088

Palavras-chave:

Formação inicial de professores, Afroletramento docente, Educação para as relações étnico-raciais.

Resumo

O Brasil contemporâneo, marcado pelo influxo democrático, realça questões sobre os processos da formação inicial de professores relativamente a aspectos epistemológicos e demanda melhor compreensão sobre os conflitos e tensões presentes no cotidiano da escola básica. Neste contexto, o processo de atualização dos estágios supervisionados do curso de Pedagogia em uma universidade pública da Região Norte ofereceu oportunidade para reflexões sobre racismo, para a análise da questão social (GONÇALVES, 2018) e sobre a percepção do silenciamento da História de África e suas diásporas nos processos formativos. O relato de uma das estagiárias constituiu o material analisado segundo recursos da etnometodologia (COULON,1995) e seus enunciados ensejaram o estudo do afroletramento docente (NASCIMENTO, 2010). A intenção do artigo é expor o afroletramento docente como uma possível abordagem teórico-metodológica para a formação inicial de professores, que subsidie o enfrentamento das questões que irromperam do contexto atual brasileiro. Os resultados apontam o afroletramento docente, no contexto da formação inicial de professores, com potencial para tornar perceptíveis os silenciamentos das epistemologias e historiografia negra, para evidenciar a distinção entre estereótipos, preconceitos e o racismo nas práticas educativas, além de demonstrar a atualidade da produção do campo da Educação para as Relações Étnico-Raciais para a formação de professores.

Biografia do Autor

Marcia Machado de Lima, Universidade Federal de Rondônia

Doutorado em Letras (UNESP, Campus São José do Rio Preto), Mestrado em Educação (UNESP- Campus Marília). Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar - Modalidade Profissional e do Departamento de Ciências da Educação da Universidade Federal de Rondônia - Campus Porto Velho. Pesquisadora do DIPSA- Grupo de Pesquisa em Diferença e Processos de Subjetivação na Amazônia. Desenvolve estudos e pesquisas sobre educação escolar em contexto de comunidades na Amazônia e múltiplos letramentos. Coordenadora do Programa de Extensão Cartas do Rio a Rua, cujo objetivo é promover a troca de cartas entre crianças de escolas ribeirinhas, rurais e da área urbana de Porto Velho.

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Publicado

2022-12-22

Como Citar

Lima, M. M. de. (2022). Afroletramento docente: reflexões sobre a formação de professores na Amazônia. Educação, 47(1), e116/1–26. https://doi.org/10.5902/1984644468088

Edição

Seção

Dossiê: Educação das Relações Étnico-Raciais e a Améfrica Ladina