Degradação dos fármacos nimesulida e ibuprofeno empregando processo foto-Fenton: estudos da toxicidade, modelagem cinética e emprego de redes neurais artificiais

Resumo

O crescimento da poluição de ambientes aquáticos tem aumentado todos os dias, fazendo com que compostos como os fármacos sejam verificados em águas superficiais. Desse modo, técnicas como processos oxidativos avançados (POA) tem sido utilizadas. Neste trabalho a eficiência dos POA na degradação dos fármacos nimesulida e ibuprofeno foi avaliada, através de análises cromatográficas, bem como de matéria orgânica através dos níveis de demanda química de oxigênio (DQO) e carbono orgânico total (COT). Verificou-se que o processo foto-Fenton apresentou os melhores resultados degradando 89,70% do nimesulida e 93,35% do ibuprofeno. Esse mesmo processo conseguiu reduzir em 91,60% a DQO e mineralizar 90,04% do COT. O estudo cinético mostrou bom ajuste linear (R²=0,993) para o modelo cinético agrupado, além de uma boa adequação ao modelo matemático de redes neurais artificiais (RNA), com um valor de R²=1,000 para o modelo MLP4-4-1 BFGS4567. Por fim, verificou-se a toxicidade da solução após tratamento, frente às sementes de Lactuta Sativa, Cichorium endívia, Ocimum basilicum e do grão Americano Hard. Verificou-se que as sementes que receberam a solução antes do tratamento apresentaram uma quantidade menor germinação, do que quando foi adicionada a solução pós-tratamento via POA. Em seguida, avaliou-se o crescimento radicular, no qual foi percebido relativo efeito tóxico.