BIORREMEDIAÇÃO E REMEDIAÇÃO COM FLUIDO ÁCIDO RESIDUAL

Autores

  • Josimara Nolasco Rondon Universidade Catolica Dom Bosco
  • Mariane Baia de Aguiar Universidade Catolica Dom Bosco
  • Talita Thais Correia Pimenta Universidade Catolica Dom Bosco
  • Helena de Cassia Brassaloti Otsubo Universidade da Grande Dourados-UNIGRAN/ professora titular de Pós Graduação.
  • Ismael Thomazelli Junior Universidade Catolica Dom Bosco/ Técnico de pesquisa.
  • Marcelo Nolasco Rondon Universidade Anhanguera
  • João Roberto Fabri Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Cristiano Marcelo Espinola Carvalho Universidade Católica Dom Bosco / professor e pesquisador.
  • Digelson Pazeto Morais Técnico agrícola.Universidade Catolica Dom Bosco

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236117013286

Palavras-chave:

Transformação, PHs, Borracha Natural, Co-Produto, Concreto.

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade da utilização do F. moliniforme em biorremediação e remediação de compostos a base de plásticos e outros polímeros utilizando resíduos poluentes. A sobrevivência foi observada por analises de sobrevivência/resistência e crescimento em poluentes de concreto por 30 dias. Avaliou-se o tamanho das colônias em fluido de bateria (pH=0,1) semanalmente e avaliações de pH em três balões volumétricos de 1000 mL, possuindo em cada um, 133 mL de fluido de bateria + 100 mg de Fusarium moliniforme. Para avaliação de desenvolvimento e formação de colônias de microorganismos mineradores, utilizou-se 320g de amostras de material de concreto distribuídas em três bandejas. E inseriu-se solução com algas verdes de vida livre e Fusarium moliniforme. Com a mistura do fluido de bateria com um meio nutritivo para a inoculação do Fusarium moliniforme, em um ambiente alcalino (pH entre 10 a 14). Observou-se o crescimento de colônias e alteração de um dos pHs para um meio neutro (pH 7,0): 78 colônias. Em três dias a luva iniciou a diluição, e completou a transformação em 30 dias. Esse processo ocorreu com uma combinação de fluido de bateria e brita residual de construção e cal que promoveu essa transformação da fase sólida em fase liquida em apenas 30 dias. Após 2 dias o fluido se neutralizou (pH 7) e assim se mantendo constante. O fluido de bateria pode ser neutralizada com adição de carbonatos por remediação. A combinação de fluido de bateria mais carbonatos digeriram o estado solido da luva cirúrgica em borracha natural pode ser reutilizada pela indústria na produção de novos produtos. Fusarium moliniforme deve ser utilizado como biorremediador no tratamento de solos contaminados ex situ, por bioadição e bioaumentação, pois esse fungo neutralizou  pH ácido de solos contaminados com resíduo de concreto.

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Biografia do Autor

Josimara Nolasco Rondon, Universidade Catolica Dom Bosco

Possui graduação em Ciencias Biologicas pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e Doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (2006) ; Pesquisa bioquímica de reserva de carboidratos, metabolismo nitrogenado de plantas nativas de cerrado, cultivo in vitro, produção de mudas de cerrado, eficiência e reuso de nitrogenio em plantas, cultura de tecidos, inibidores enzimáticos de alantoína, regeneração natural, desenvolvimento e crescimento vegetal, fotoperiodismo, com experiência comprovada em projetos de políticas públicas-FAPESP (áreas com reflorestamento induzido), na gerencia de projetos PPP-FAPESP, pesquisas em recuperação e monitoramento ambiental, reflorestamentos induzidos com espécies nativas, sequestro de carbono em reflorestamentos do estado de São Paulo (2003 a 2007), e junto à SMA de São Paulo. Estagiou por 12 anos no Instituto de Botânica, em São Paulo. Membro do grupo de pesquisa do cnpq "Bioquímica de carboidratos de reserva e ecofisiologia de plantas nativas (IBt/USP/SP) e do grupo de pesquisa "Recuperação de Áreas Degradadas" (IBt-FAPESP), filiada ao grupo de pesquisa do estado de São Paulo /Secretaria de Meio Ambiente do estado de São Paulo. É consultor Ad Doc da revista Arvore. Foi pesquisador DCR na área de biotecnologia e bioquimica, onde realizou testes de inibidores enzimáticos de alantoína no metabolismo nitrogenado de espécie invasora de pastagens e de áreas degradadas. Atualmente é professora visitante e pesquisadora da Universidade Católica Dom Bosco, trabalhando no projeto PNPD intitulado APOIO INDUZIDO A APLICAÇÃO DE RESULTADOS PESQUISA E DE PRODUTOS BIOTECNOLÓGICOS ENFOQUE EM AMILÁCEAS NATIVAS", no EDITAL N 001/2010 MEC/CAPES DO PROGRAMA NACIONAL DE PÓS-DOUTORADO, desenvolvido no Centro de Tecnologia Para o Agronegócio-CETEAGRO, UCDB, MS. Recentemente, também está desenvolvendo estudos para patentes visando biorremediação de solos contaminados com metais perigosos e óleos, e alguma classes de resíduos sólidos. Desenvolvendo metodologias para destinação de resíduos solidos (lampadas fluorescentes usadas) e estabiloização de mercurio, reutilização de vidros de lampadas. (Texto informado pelo autor)

Mariane Baia de Aguiar, Universidade Catolica Dom Bosco

Graduanda de Engenharia Sanitaria e Ambiental da Universidade Catolica Dom Bosco.

Talita Thais Correia Pimenta, Universidade Catolica Dom Bosco

Graduanda de Engenharia Sanitaria e Ambiental da Universidade Catolica Dom Bosco.

Helena de Cassia Brassaloti Otsubo, Universidade da Grande Dourados-UNIGRAN/ professora titular de Pós Graduação.

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1995), mestrado em Agronomia Ilha Solteira pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004), doutorado em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2011) e Pós-Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco (2012). Tem experiência na área de Biologia geral com ênfase em Agronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: biotecnologia, bioquímica, florestas, fisiologia vegetal, sistemas de produção florestal, sistema de produção agricola, fungos, residuos sólidos e liquidos, biorremediação, ciências ambientais e preservação do cerrado.

Ismael Thomazelli Junior, Universidade Catolica Dom Bosco/ Técnico de pesquisa.

Técnico de pesquisa da Universidade Catolica Dom Bosco.

Marcelo Nolasco Rondon, Universidade Anhanguera

médico veterinario.Pos graduando em Biotecnologia.

João Roberto Fabri, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Atualmente é técnico de laboratório da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Farmácia e Biologia com ênfase em farmacognosia, Farmacotécnica e Herbário. Atuando  nos seguintes temas: plantas medicinais e fitoquimica. Mestrado em andamento em CIÊNCIAS AMBIENTAIS E SUSTENTABILIDADE AGROPECUÁRIA (Conceito CAPES 4) pela Universidade Católica Dom Bosco, UCDB, Brasil. Título: Criação de um banco de germoplasma ex situ de espécies medicinais do cerrado ameaçadas de extinção.

Cristiano Marcelo Espinola Carvalho, Universidade Católica Dom Bosco / professor e pesquisador.

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (1999), mestrado em Biologia Celular e Molecular (2001) e doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz (2006), com ênfase em Imunoparasitologia. Atualmente é coordenador do mestrado em Biotecnologia da Universidade Católica Dom Bosco e coordenador estadual do doutorado em Biotecnologia e Biodiversidade da Rede Pró-Centro-Oeste. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Saúde Animal (Programas Sanitários e imunologia), atuando principalmente nos seguintes temas: chagas experimental, leishmaniose visceral canina, babesiose e toxoplasmose. (

Digelson Pazeto Morais, Técnico agrícola.Universidade Catolica Dom Bosco

Administrador rural. Universidade Catolica Dom Bosco.

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Publicado

2014-08-31

Como Citar

Rondon, J. N., Aguiar, M. B. de, Pimenta, T. T. C., Otsubo, H. de C. B., Thomazelli Junior, I., Rondon, M. N., Fabri, J. R., Carvalho, C. M. E., & Morais, D. P. (2014). BIORREMEDIAÇÃO E REMEDIAÇÃO COM FLUIDO ÁCIDO RESIDUAL. Revista Eletrônica Em Gestão, Educação E Tecnologia Ambiental, 18(2), 729–735. https://doi.org/10.5902/2236117013286

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