Agrotóxicos: uma revisão de suas consequências para a saúde pública
DOI :
https://doi.org/10.5902/2236117012498Mots-clés :
Agrotóxicos, Contaminação, SaúdeRésumé
Este estudo, por meio de uma revisão, objetivou relatar os perigos da utilização indiscriminada de agrotóxicos e suas consequências na sáude pública. Objetivo inspirado justamente pelo fato do Brasil estar entre os maiores consumidores de agrotóxicos do mundo e pelo impacto social e ambiental causado pelo uso desordenado destes. Assim, sabemos que os riscos não se limitam ao homem do campo, atingem os mananciais de água, o solo, o ar, os animais, podendo também os alimentos comercializados nas cidades apresentaram resíduos tóxicos. Parte dos agrotóxicos utilizados tem a capacidade de se dispersar no ambiente, e outra parte pode se acumular no organismo humano, trazendo diversos efeitos agudos e crônicos. Por fim, no mundo todo, os efeitos dos impactos ambientais vêm sendo percebidos. Em relação à saúde pública, o uso cada vez mais crescente desses compostos tem causado severos efeitos, sejam eles agudos ou crônicos, em vários trabalhadores, principalmente da área rural, embora outros setores também sejam afetados.
Téléchargements
Références
ALMEIDA, V. S; CARNEIRO, F. F; VILELA, N. J. Agrotóxicos em Hortaliças: Segurança Alimentar e Nutricional riscos socioambientais e políticas públicas para a promoção da saúde. Tempus Actas de Saúde Coletiva, v.4, p.84-99, 2009.
ABRASCO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA. Disponível em: . Acesso em: 22 dez. 2013.
ALAVANJA, M. C. Characteristics of persons who self reported a high pesticide exposure event in the Agricultural Health Study. Environ Res., 80:180-186, 1999.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa de Análise de Resíduo de Agrotóxico em Alimentos (PARA), dados da coleta e análise de alimentos de 2010. Brasília: ANVISA, 2011. Disponível em: . Acesso em: 21 de dez. 2011.
ANVISA. Agrotóxicos. Disponível em: . Acesso em: 08 jul. 2013.
ANVISA. 2011. Disponível em: < http:// www.portal.anvisa.gov.br>. Acesso em: 10 jul. 2013.
ANVISA; UFPR. Seminário de mercado de agrotóxico e regulação. Brasília: ANVISA. Acesso em: 11 abr. 2013.
BHATT, M. H.; ELIAS, D. M. A.; MANKODI, B. S. et al. Acute and reversible parkinsonism
due to organophosphate pesticide intoxication. Neurology, 52: 1.467.
BRASIL, 2010. Ministério da Saúde. Protocolo de Atenção à Saúde dos Trabalhadores Expostos a Agrotóxicos. Disponível em: . Acesso em: 18 jul. 2013.
BRASIL, Decreto n.º 4.074 de 04 de janeiro de 2002. Regulamenta a Lei nº 7.802/89 (Lei Federal dos agrotóxicos). Brasília, Diário Oficial da União de 08/01/2002.
CAMPANHOLA, C.; BETTIOL, W. Panorama sobre o uso de agrotóxicos no Brasil. In: Ministério do Meio Ambiente (org.). Fórum Nacional de Secretários de Agricultura. Programa de Defesa Ambiental Rural – textos orientadores. 2002.
CARNEIRO,F.F.; ALMEIDA,V.E.S.e BRASIL é o país que mais usa agrotóxicos no mundo. Disponível em: . Acesso em : 17 nov. 2013.
CARNEIRO, F. F.; PIGNATI, W.; RIGOTTO, R. M. et al. Dossiê ABRASCO – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Parte 1 - Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Nutricional e Saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2012.
CIGANA,C. Uso de agrotóxicos no Rio Grande do Sul chega quase ao dobro da média nacional. Disponível em: <http://www.zerohora.clickrbs.com.br>. Acesso em: 26 nov. 2013.
COLOSSO, C.; TIRAMANI, M.; MARONI, M. Neurobehavioral effects of pesticides: state of theart. Neurotoxicology, 24, p.577-591, 2003.
DAMS, R. I. Pesticidas: usos e perigos à saúde e ao meio ambiente. 2006. Disponível em: . Acesso em: 08 jun. 2013.
DOSSIÊ ABRASCO (Associação Brasileira de Saúde Coletiva). Um alerta sobre os impactos dos Agrotóxicos na Saúde. Parte 1 - Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Nutricional e Saúde. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br>. Acesso em: 10 jul. 2013.
FARIA, N. M. X.; FACHINI, L. A.; FASSA, A. G.; TOMASI, E. Trabalho rural e intoxicações por agrotóxicos. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.20, n.5, p.1298-1308, 2004.
FAO – FAOSTAT. Data base Results. [on line]. Disponível em: < http://apps.fao.org>. Acesso em: 08 jul. 2013.
FILIZOLAH. F.; FERRACINI V. L., SANS L. M. A., et al. Monitoramento e avaliação de risco de contaminação por pesticidas em água superficial e subterrânea na região de Guairá. Pesquisa Agropecuária Brasileria. 37(5), p.659-667, 2002.
FRANK, A. L.; MCKNIGHT, R.; KIRKHORN, S. R.; GUNDERSON, P. Issues of agricultural safety and health.Annual Review of Public Health. Palo Alto, v. 25, p. 25-45, 2004.
IBAMA. Produtos agrotóxicos e afins comercializados em 2009 no Brasil. 2009. Disponível em: < http:// www.ibama.gov.br/qualidade - ambiental /wp content / files / Produtos _ Agrotoxicos
_Comercializados_Brasil_2009.pdf>.Acesso em: 17 jun. 2013.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTATÍSTICA E GEOGRAFIA. Censo agropecuário do Brasil. 2006. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>.Acesso em: 10 jun. 2013.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTATÍSTICA E GEOGRAFIA. Disponível em: .Acesso em: 10 set.. 2013.
JEPPSON, L. R.; KEIFER, H. H.; BAKER, E. W. Mites injurious to economic plants. Berkeley: UniversityofCalifornia Press, 614 p., 1975.
KEIFER M., MAHURIN R. Chronic neurological effects of pesticides overexposure. Occup. Med. 12: 291-304, 1997.
KOIFMAN, S.; HATAGIMA A. Disruptores endócrinos no ambiente: efeitos biológicos potenciais (Editorial). Revista Brasileira de Mastologia, 13 (1) p.9-11, 2003.
LEVIGARD, I. E.; ROZEMBERG, B. A interpretação dos profissionais de saúde acerca das queixas de “nervos” no meio rural: uma aproximação ao problema das intoxicações por agrotóxicos. Caderno de Saúde Pública, Rio de janeiro, v.20, n.6, p.1515-1524, 2004.
LUCHINI, L. C.; ANDRÉA, M. M. de. Dinâmica de agrotóxicos no ambiente. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (org.). Fórum Nacional de Secretários de Agricultura. Programa de Defesa Ambiental Rural – textos orientadores. 2002.
LUNDBERG, I., HOGBERG, M., MICHEISEN, H. et al. Effects of long term organophosphate exposure on neurologicalsymptoms, vibration sense and tremor among South African farmer workers. Occup. Environ. Med. 54: 343-350, 1997.
MARICONI, F.A.M. Inseticidas e seu Emprego no Combate às Pragas. Ed. Agron. Ceres. São Paulo, 607p., 1986.
MARTINS JUNIOR, O. P. A dinâmica dos agrotóxicos no meio ambiente. 2002. Disponível em: <http://www.mp.go.gov.br/.../a_dinamica_dos_agrotoxicos_no_meio_ambiente>. Acesso em: 13 jul. 2013.
MARTINS, M. D., FERNANDES, C. S., VALENTE, J. T. Water contamination by pesticides. Case study: pesticides research in the Lower Cávado River Basin. In: WORLDWATER CONGRESS, 4, 2004, Marrakesh. [Anais eletrônicos...] Marrakesh: IWA, 2004. 1CD-ROM.
MENEZES, C. T. Método para priorização de ações de vigilância da presença de agrotóxicos em águas superficiais: um estudo em Minas Gerais. Dissertação de Mestrado. Universidade federal de Minas Gerais, 2006.117p.
MOREIRA, J. C.; JACOB, S. C.; PERES, F.; et al. Avaliaçãointegrada do impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana em comunidade agrícola deNova Friburgo, RJ. Ciência & Saúde Coletiva, v. 7, n. 2, 2002. p. 299-311.
OPAS/OMS - ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Manual de vigilância da saúde de populações expostas a agrotóxicos. Brasília:1996. Disponível em: < http://www.opas.org.br/sistema/arquivos/livro2.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2013.
ORTIZ, F. Um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos. Disponível em: < http://www.noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/05/01/um-terco-dos-alimentos- consumidos- pelos- brasileiros- esta-contaminado-por-agrotoxicos.htm>. Acesso em: 20 dez. 2013.
PERES, F.; MOREIRA J. É veneno ou é remédio? Agrotóxicos, saúde e ambiente. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. 2003. 384 p.
PIRES, D. X.; CALDAS, E. D.; RECENA, M. C. P. Uso de agrotóxicos e suicídios no estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.2, p.598-605, 2005.
PORTAL EDUCAÇÃO. 2008. Disponível em: . Acesso em: 21 dez. 2013.
SANTOS, S. L. Avaliação de parâmetros da imunidade celular em trabalhadores rurais expostos ocupacionalmente a agrotóxicos em Minas Gerais. Dissertação de Mestrado. Departamento de Bioquímica e Imunologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2003.
SINDAG - SINDICATO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS. Uso de defensivos é intensificado no Brasil. 2005. Disponível em: <http://www.sindag.com.br/noticia.php?News_ID=2278>. Acesso em: 29 jun. 2013.
SINDAG - SINDICATO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS. Vendas de defensivos agrícolas são recordes e vão a US$ 8,5 bi em 2011. 2011. Disponível em: <http://www.sindag.com.br/noticia.php?News_ID=2256>. Acesso em: 01 jul. 2013.
TADEO J. L., SÁNCHEZ-BRUNETE C., BEATRIZ A. B., et al. Analysis of pesticide residues in juice and beverages. Critical Rev. Analytical Chem. 34, p.121-131, 2004.
THEISEN, G. O mercado de agroquímicos. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/eventos/2010/met/palestras/28/281010_Painel3_Giovani_ THEISEN.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2013.