ANÁLISE DO NÍVEL DE RESERVAS INTERNACIONAIS DOS PAÍSES EMERGENTES DE 2000 A 2010

Autores/as

  • Romário Gollo Souza Universidade de Caxias do Sul
  • Divanildo Triches Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236117012250

Palabras clave:

International reserves, emerging countries, external debt, coverage ratio

Resumen

O objetivo deste artigo é analisar o nível das reservas internacionais dos países do Mercosul e BRIC no período de 2000 a 2010, levando-se em conta o papel da reservas em reduzir a probabilidade de ocorrência de crises e para proporcionar credibilidade. Ao longo dos últimos 20 anos, as economias aumentaram de forma acelerada seus estoques de reservas internacionais. As reservas globais, que eram de aproximadamente um trilhão de dólares em 1990, passaram para dois trilhões de dólares em 2000 e em 2010, o volume das reservas mundiais foi de 9,7 trilhões de dólares. Este processo também pode ser observado nos países do Mercosul e BRICs, principalmente nos últimos cinco anos, onde o estoque de reservas passou de aproximadamente US$ 1,2 trilhão no fim de 2005, para US$ 4,2 trilhões no fim de 2010.. O resultado obtido, por meio dos índices de coberturas das reservas internacionais em relação à dívida externa de curto prazo e das importações, indica que volumes maiores de reservas, são relevantes para reduzir o custo e a probabilidade de crises. Ademais, verificou-se que os níveis de reservas acumulados pela maioria dos países emergentes analisados, estão acima do nível considerado ótimo. Por conseguinte, elevados estoques de reservas internacionais implicam em gastos desnecessários de recursos para sua manutenção, ainda que possam ser justificados, parcialmente, pelos benefícios que proporcionam. Para o caso brasileiro, o custo de carregamento das reservas internacionais entre 2004 e 2010 foi de R$ 26,8 bilhões ao ano.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

AIZENMAN, J.L., “International Reserves: Precautionary versus ercantilist Views, Theory and Evidence,” August 2005.

ARESTIS, P., DE PAULA, L. F. Financial Liberalization and Economic Performance in Emerging Countries. Palgrave Macmillan, 2008.

BAUMANN, R. O Brasil e os demais BRICs – Comércio e Política. Brasília, DF: CEPAL. Escritório no Brasil/IPEA, 180p. ISBN 85-781-1046-3 2010, disponível em http://www.cepal.org/Brasil.

CALVO, G.; REINHART, C., Fear of Floating, v. 17, n. 2, May, 2002.

CAVALCANTI, M.; VONBUN, C. Reservas internacionais ótimas para o Brasil: uma análise simples de custo-benefício para o período 1999-2007. Economia Aplicada, v.12, n.3. Jul/Set. 2008.

CAVALCANTI, M.; VONBUN, C. Calculating optimal international reserves: a cautionary note on opportunity costs. Artigo apresentado no XXII Encontro do LACEA. Bogotá, out. 2007, 24p.

CINTRA, M. A. M.; PRATES, D. M. O fluxo de capitais para o Brasil nos anos 90. In: Antonio Correa de Lacerda. (Org.). A inserção externa da economia brasileira, 2005.

EDWARDS, Sebastian. The Demand for International Reserves and Exchange Rate Adjustments: The Case of LDCs. 1964-1972, New Series, v. 50, n. 199, p. 269-280, 1983.

FELDSTEIN, M. “A Self-Help Guide for Emerging Markets,” Foreign Affairs, 1999.

FLOOD, R.; MARION, N. Holding International Reserves in an Era of High Capital Mobility. IMF working paper – SP/02/62. 2002.

FMI. Guidelines for foreign management. International Monetary Fund. (2001).

HALDANE, A.; HOGGARTH, G.; SAPORTA, V. Assessing Financial System Stability, Efficiency and Structure at the Bank of England, BIS papers, n. 1, 2001.

KRUGMAN, P. A Model of Balance-of-Payments Crises. Journal of Money, Credit and Banking 11(3), pp. 311-325, 1979.

KRUGMAN, P. The International Role of the Dollar: Theory and Prospects. In: Currency and crises, MIT Press, 1991.

LAAN, CESAR R. VAN DER.; CUNHA, André Moreira. A Estratégia de Acumulação de Reservas no Brasil: Uma Avaliação Critica. Setembro 2009.

LOPES, D.. Reservas Internacionais como uma defesa contra Sudden Stops: um estudo empírico. Rio de Janeiro: PUC, Dissertação de Mestrado, 2005. Disponível em: http://www.econ.puc-rio.br/Tm01-04.html. Acesso em: 05 Jul, 2011.

MORENO, R. Motives for intervention. BIS Paper, Basle: Bank of International, 2005.

NITITHANPRAPAS, I.; WILLETT, T. Classification of exchange rate regimes. Claremont Graduate University. Artigo preparado para apresentação no encontro anual da Western Economic Association. Seattle Working paper, July 2002.

OCAMPO, J.; SPIEGEL, S.; STIGLITZ, J. (2008). Capital Market Liberalization and Development. In

OCAMPO, J.; STIGLITZ, J. (Eds.). Capital Market Liberalization and Development. New York, USA: Oxford University Press, 2008.

OREIRO, J.L; PAULA, L.F.; SILVA, G.J. Por uma moeda parcialmente conversível: uma crítica a Arida e Bacha. Revista de Economia Política, São Paulo, v.24, n.2, p. 223-237, abr-jun. 2004.

PRATES, D. A gestão do regime de câmbio flutuante nos países emergentes: Texto para Discussão. ISSN 0103-9466. IE/UNICAMP n. 133 set. 2007.

PRATES, D.; CINTRA, M. Keynes e a hierarquia de moedas: possíveis lições para o Brasil. Unicamp: Texto para Discussão n.137. Out, 2007.

SILVA Jr, A.; SILVA, E. D. Optimal international reserves holdings in emerging markets economies: the Brazilian case. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 32. 2004. Anais... – Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec), 2004.

SILVA Jr., A.; CAJUEIRO, D. O.; YONEYAMA, T. Intervenções Cambiais em Crises – Uma Abordagem de Controle Estocástico com Impulso para o Banco Central do Brasil. Instituto Tecnológico de Aeronáutica, S. José dos Campos. SP – Tese de doutorado, PP. 105. 2005.

TRICHES, DIVANILDO, SILVA, SORAIA S.. Uma Abordagem de Economia Política dos Arranjos Cambiais. Economia Aplicada, v. 7 n. 3, 2003.

TRICHES, DIVANILDO. A análise dos regimes de taxa de câmbio para o Mercosul baseada no bem-estar. IPES/UCS, 2004

TRICHES, DIVANILDO. Economia política do MERCOSUL e aspectos monetários, cambiais e o Euro em perspectiva. Caxias do Sul: Educs, 2003.

UNCTAD STATISTICS. Disponível em: <http://unctad.org/en/Pages/Statistics.aspx> Acesso em 20 out. 2011.

VONBUN, C.; Reservas Internacionais Para o Brasil: Custos Fiscais e Patamares Ótimos. Texto Para Discussão – IPEA. N° 1357. Rio de Janeiro, setembro de 2008.

WORLD BANK. Development indicators. Disponível em: <http://data.worldbank.org/data-catalog/world-development-indicators> Acesso em: 22 out. 2011.

Publicado

2013-11-29

Cómo citar

Souza, R. G., & Triches, D. (2013). ANÁLISE DO NÍVEL DE RESERVAS INTERNACIONAIS DOS PAÍSES EMERGENTES DE 2000 A 2010. Revista Eletrônica Em Gestão, Educação E Tecnologia Ambiental, 16(16), 3200–3212. https://doi.org/10.5902/2236117012250