Estruturas de governança híbridas em redes de cooperativas de crédito brasileiras e canadenses sob a ótica da teoria dos custos de transação
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983465915796Resumo
Este artigo tem por objetivo construir um modelo teórico que analise a influência das Estruturas de Governança Híbridas (EGH) nos Custos de Transação (CT) das redes de cooperativas de crédito brasileiras e canadenses. Para tanto, a partir da caracterização das variáveis que influenciam os CT, o artigo faz uma comparação discreta das formas híbridas de governança, características das redes estratégicas de cooperativas de crédito Desjardins canadense e Sicredi brasileira. A análise dos estudos de caso brasileiro e canadense comprovou que a evolução das EGH ocorreu simultaneamente à evolução do ambiente jurídico-institucional, em um processo dialético. Contudo, pode-se perceber que, embora evoluindo a partir de ambientes jurídico-institucionais distintos, há uma tendência à homogenia nessas redes, ao menos no aspecto da criação de instituições ad hoc para lidar com os CT mais significativos. Ao final do trabalho é inferida uma equação para realizar a comparação dos custos da transação de intermediação financeira de EGH de redes de cooperativas de crédito. É possível, também utilizar este modelo para comparar estes custos com os CT de instituições financeiras compostas por poucos investidores. De acordo com essa equação, o custo para realizar as transações internas à rede, somados aos custos oriundos das pressões políticas e sociais características desse tipo de instituição, precisam ser menores ou iguais aos CT de instituições financeiras com EG hierárquicas. Isso não somente corrobora a hipótese de alinhamento discriminante de Williamson (2005); mas, também adiciona novos elementos para classificação e análise destes custos.
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