n. 43: (Dez. 2011) – Poesia, pensamento e narrativas nos séculos XVI e XVII

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Os séculos XVI e XVII são, na Europa, um momento crucial do pensamento e das letras. Dentre as várias razões para se estudar esse momento da cultura, das letras e do pensamento, o mais notável é que esse é o momento em que, pela primeira vez, de modo tão intenso, o paradigma da mudança passa a se manifestar na cultura, mesmo que nem sempre seus contemporâneos evocassem a mudança como virtude e muito menos como conceito. Inscrita nos atos e nos acidentes da história do período, mais do que na disposição voluntária ou em qualquer concepção de progressão laica (inexistente senão timidamente), o futuro não deveria obrigatoriamente abrigar um progresso de qualquer ordem. É notável, sem dúvida, que uma parcela do pensamento protestante – em particular o de Calvino – revelava-se mais rigoroso em seus preceitos éticos. Quando a Reforma surgiu, seu rigor deve ter soado estranho a muitos de seus contemporâneos – foi assim certamente na Inglaterra, onde as resistências, sobretudo populares, foram mais numerosas do que se admitia até bem pouco tempo. As sínteses históricas devem ser sempre refeitas, e muitas vezes somente a telescopagem sobre um instante ou uma biografia pode apresentar as situações diversas.

Publicado: 2011-12-05

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