Soy monocultures and pesticides in Brazil: geopolitics and sustainability in conflict

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5902/2357797586306

Keywords:

Agrochemical, Geopolitics, Monocutures

Abstract

This paper aims to conduct a geopolitical analysis of the issue of pesticides, particularly focusing on the reality of soybean monocultures in Brazil, to subsequently confront this agricultural production model with the concept of multidimensional sustainability. Based on this, the research question guiding the study is: do soybean monocultures and the indiscriminate use of pesticides in this mode of (re)production constitute a threat to sustainability in its multidimensional perspective? Without the pretense of fully exhausting the inherently complex topic, and using a deductive approach, monographic procedure, and bibliographic and documentary techniques, the paper presents a brief overview of soybean monoculture agriculture in Brazil and the environmental and social damage caused by this production model. Subsequently, the focus shifts to analyzing the issue of pesticides in Brazil, their impacts on human, non-human, and environmental health, and then identifying geopolitical characteristics within this context. Finally, it is concluded that soybean monocultures, associated with the indiscriminate use of pesticides, are incompatible with the ideal of multidimensional sustainability, highlighting the urgent need to overcome reductionist paradigms that prioritize profit over life and socio-environmental justice.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Julia Chelotti, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduated in Law from the Franciscan University (2018). Master's in Law from the Graduate Program in Law at the Federal University of Santa Maria, in the area of Emerging Rights in Global Society, with an emphasis on Socio-biodiversity Rights: Development and Dimensions of Sustainability. Undergraduate student in Social Sciences at the Federal University of Santa Catarina (UFSC). Academic analyst at the Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Volunteer teacher on the Popular Training Course for Public Defenders. Member of the Editorial Board of Avant Magazine. She was a CAPES Fellow. She was a researcher on the COVID-19 monitoring project in the INFOVÍRUS prison system. She has experience in research in Law, working mainly on the following subjects: Legal Sociology, Criminology, Green Criminology, Criminal Law and Sociobiodiversity Rights. and sustainability.

References

AGUIAR, Diana. Dossiê Crítico da Logística da Soja: Em defesa de alternativas à cadeia monocultural. Rio de Janeiro: FASE, 2021.

ALMEIDA-OLIVEIRA, Aline; DIAMOND, Hilda R. Atividade antileucemica de células natural killer. Revista Brasileira de Cancerologia 2008; 54(3): 297-305.

ARAUJO, Alberto José de et al., Exposição múltipla a agrotóxicos e efeitos à saúde: estudo transversal em amostra de 102 trabalhadores rurais, Nova Friburgo, RJ. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 115-130, Mar. 2007.

ABRASCO. Parecer Técnico sobre processo de reavaliação do ingrediente ativo de agrotóxico glifosato utilizado na agricultura e como produto domissanitário, 2019. Disponívem em: https://www.abrasco.org.br/site/wp-content/uploads/2019/06/Parecer-tecnico-glifosato-GTSA-26_06_2019-1.pdf. Acesso em: 11 set. 2019.

ABRASCO. Nota Técnica: “Agrotóxicos, exposição humana, dano à saúde reprodutiva e vigilância da saúde”, 2023. Disponívem em: https://abrasco.org.br/wp-content/uploads/2023/12/Nota-Tecnica-Agrotoxicos-exposicao-humana-dano-a-saude-reprodutiva-e-vigilancia-da-saude_04.12.pdf. Acesso em: 12 dez. 2023.

ALTIERI, Miguel;PENGUE, Walter. GM soybeans: LatinAmerica's new colonizer. Seedling, p. 13–7. Jan. 2006. Disponível em: http://www.grain.org/seedling/?type=63. Acesso em: 20 jul. 2019

BANERJEE, S. B. Necrocaptalism. OrganizationStudies, v. 29, n.12, 2008.

BRASIL. Lei 7802 de 1989. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7802.htm. Acesso em: 01 ago. 2019

BOMBARDI, Larissa Mies. Agrotóxicos e colonialismo químico. São Paulo: Elefante, 2023.

BOMBARDI, Larissa Mies. Agrotóxicos e agronegócio: arcaico e moderno se fundem no campo brasileiro. Direitos humanos no Brasil 2012: Relatório da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. São Paulo: Expressão Popular, 2012.

BOMBARDI, Larissa Mies. Atlas: Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia. Laboratório de Geografia Agrária, FFLCH - USP, São Paulo, 2017.

BOMBARDI, Larissa Mies. Agrotóxicos e Colonialismo Químico. São Paulo: Elefante, 2023.

BOMBARDI, Larissa Mies. Geography of Asymmetry: the vicious cycle of pesticides and colonialism in the commercial relationship between Mercosur and the European Union. Brussels: The Left in the European Parliament, 2021.

BUDÓ, Marília de Nardin.As mortes no campo e a operação greenwashing do “agro”: invisibilização de danos sociais massivos no Brasil. Revista inSURgência, ano 3, v.3,n.2, 2017, p. 170. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/27553. Acesso em: 20 jun. 2019.

BUDÓ, Marília de Nardin. Danos silenciados: a banalidade do mal no discurso científico sobre o amianto. Revista Brasileira de Direito, v. 12, n. 1, p. 127-140, jun. 2016. Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index .php/revistadedireito/article/view/1281/843. Acesso em: 02 abr. 2019

CARSON, Rachel. Primavera silenciosa. São Paulo: Melhoramentos. 1964.

CASTRO-CORREIA, C; FONTOURA, M. A influência da exposição ambiental a disruptores endócrinos no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Rev. Port. Endocrinol. Diabetes Metab., 2015.

CREMONESE C; FREIRE A; MEYER A; KOIFMAN S. Exposição a agrotóxicos e eventos adversos na gravidez no Sul do Brasil, 1996-2000.Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 28 (7): 1263-1272, 2012. http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201711205.

CHÃ, Ana Manuela. Agronegócio e indústria cultural: estratégias das empresas para a construção da hegemonia. São Paulo: Expressão Popular, 2018.

CHELOTTI, Julia de David; BUDÓ, Marília de Nardin. O silenciamento dos danos causados pelo glifosato no Brasil: simbiose estatal-corporativa e colonialismo químico. Revista Latino-Americana de Criminologia, v. 4, n. 2, p. 227-269, 2024. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/relac/article/view/56479. Acesso em: 14 jan. 2025.

CHELOTTI, Julia de David. Criminologia verde e o uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil: um estudo sobre o silenciamento dos danos causados pelo glifosato Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Maria - RS, Programa de Pós-Graduação em Direito, Santa Maria, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufsm.br/handle/1/30939. Acesso em: 20 jul. 2024.

CHRISMAN JR. Avaliação da Contaminação por Agrotóxicos de Mulheres Grávidas Residentes no Município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado). Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro. 2008.

CNA. Panorama do Agro. Disponível em: https://www.cnabrasil.org.br/cna/panorama-do-agro Acesso em: 10 jul. 2019.

CONAB – COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Boletim da safra de grãos: 12º levantamento - safra 2023/24. Brasília: Conab, 12 set. 2024. Disponível em: https://conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos?limitstart=0&_ga=2.5925107.1509896593.1736865348-775251278.1736865348. Acesso em: 14 jan. 2025.

CUNHA, A. S. (coord.). Uma avaliação da sustentabilidade da agricultura nos cerrados. Estudos de política agrícola n. 11. Brasília (DF): IPEA, 1994.

DAMASIO, Kevin. Liberação recorde reacende debate sobre uso de agrotóxicos no Brasil. Entenda. NationalGeographic, 2019. Disponível em https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2019/07/liberacao-recorde-reacende-debate-sobre-uso-de-agrotoxicos-no-brasil-entenda Acesso em: 3 ago. 2019.

DOMINGUES, Mariana Soares; BERMANN, Célio. O arco de desflorestamento na Amazônia: da pecuária à soja. Ambient. Soc., São Paulo, v. 15, n. 2, p. 1-22, Aug. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2012000200002&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 27 jun. 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-753X2012000200002

Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Rio de Janeiro: EPSJV; São Paulo: Expressão Popular, 2015.

DUTRA, Lidiane Silva; FERREIRA, Aldo Pacheco; HORTA, Marco Aurélio Pereira; PALHARES, Paulo Roberto. Uso de agrotóxicos e mortalidade por câncer em regiões de monoculturas. Saúde em Debate, v. 44, n. 127, p. 1018-1035, dez. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/FfpPSnKCkxrdqPd8ptnfWsJ/?format=html. Acesso em: 14 ago. 2022.

FASE. Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional. Dossiê: Monocultura da Soja e suas Implicações no Brasil. Rio de Janeiro, 2021.

FREITAS, Juarez. Sustentabilidade: direito ao futuro. 4. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2019.

FUNDAÇÃO HEINRICH BÖLL; FUNDAÇÃO ROSA LUXEMBURGO. Altas do agronegócio: fatos e números sobre as corporações que controlam o que comemos. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2018. Disponível em: https://br.boell.org/sites/default/files/atlas_agro_final_06-09.pdf Acesso em: 29 out. 2019.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

INCA. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Posicionamento do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva Acerca dos Agrotóxicos. 2015. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/comunicacao/posicionamento_do_inca_sobre_os_agrotoxicos_06_abr_15.pdf. Acesso em: 21 abr. 2019

KOIFMAN, Sergio; KOIFMAN Rosalina. Environmentandcancer in Brazil: an overview from a publichealth perspective. MutationResearch, 2003; vol 544, n. 2-3, p. 305-311.

KUSSUMI, Tereza Atsuko; LEMES, Vera Regina Rossi R.; NAKANO, Viviane Emi; ROCHA, Sonia Bio. Avaliação de hexaclorociclohexano em águas nas circunvizinhanças de um passivo ambiental. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 70, n. 3, p. 408–411, 2011.

LOPES, Carla Vanessa Alves; ALBUQUERQUE, Guilherme Souza Cavalcanti de. Agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental: uma revisão sistemática. Saúde em Debate, v. 42, n. 117, p. 764-779, abr./jun. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811714. Acesso em: 17 jan. 2025.

MDPI. Corporate concentration and technological change in the global seed industry. 2024. Disponível em: https://www.mdpi.com. Acesso em: 25 set. 2024.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA. Exportações do agronegócio fecham 2023 com US$ 166,55 bilhões em vendas. Publicado em: 16 jan. 2024. Atualizado em: 16 jan. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/exportacoes-do-agronegocio-fecham-2023-com-us-166-55-bilhoes-em-vendas. Acesso em: 14 jan. 2025.

MITIDIERO JUNIOR, Marco Antonio; GOLDFARB, Yamila. O agro não é tech, o agro não é pop e muito menos tudo. São Paulo: Friedrich-Ebert-Stiftung, 2021.

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. A Mundialização da Agricultura Brasileira. São Paulo: Iandé Editorial, 2016, 545p.

PIRES, D. X.; CALDAS, E. D.; RECENA, M. C. Uso de agrotóxicos e suicídios no Mato Grosso do Sul, Brasil. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, 21(2):598-605, mar-abr, 2005.

PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA. Isenção fiscal de agrotóxicos: impactos para o meio ambiente, saúde e economia são tema de debate. 2019. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/isencao-fiscal-de-agrotoxicos-impactos-para-o-meio-ambiente-saude-e-economia-sao-tema-de-debate. Acesso em: 10 jul. 2019

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder e classificação social. In:SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.p.84.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2017.

SHIVA, Vandana. Monoculturas da Mente: perspectivas da biodiversidade e

da biotecnologia. São Paulo: Gaia, 2003.

SOARES, Wagner Lopes; CUNHA, Lucas Neves; PORTO, Marcelo Firpo de Souza. Uma política fiscal a agrotóxicos no Brasil é injustificável e insustentável. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2020. Comércio Exterior e Serviços, Ministério da Indústria.

STEDILE, João Pedro. A natureza do desenvolvimento capitalista na agricultura. 2010, s.p. Disponível em: http://base.d-p-h.info/pt/fiches/dph/fiche-dph-8244.html. Acesso em: 6 jun. 2019.

STRELOW, Gabrielly Loss Lino; COSTA, Nathalia Gomes da. Cânceres e agrotóxicos: uma revisão da literatura a respeito de possíveis relações existentes. 2022. Monografia (Graduação em Biomedicina) – Instituto Federal do Espírito Santo, Vila Velha. Disponível em: https://repositorio.ifes.edu.br/bitstream/handle/123456789/2671/TCC_C%C3%A2nceres_e_agrot%C3%B3xicos.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 17 jan. 2025.

SVAMPA, Maristella. Consenso das Commodities e a Nova Geopolítica de Recursos Naturais. São Paulo: Editora Elefante, 2012.

TEIXEIRA, Gerson. Os Ruralistas e os Agrotóxicos - Uma Contranarrativa. Julho de 2019. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B4Tla7annAEqZnVWSlRydDRCWnlZSlp2dnZVZUxZRW9BQzBv/view. Acesso em: 10 jul. 2019.

TYBUSCH, Jerônimo Siqueira. Sustentabilidade multidimensional: elementos reflexivos na produção da técnica jurídico-ambiental. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, 2011

VEZENTINI, José William. “O que é Geopolítica? e Geografia Política?” Geocrítica. Disponível em: http://www.geocritica.com.br/geopolitica.htm. Acesso em: 20 jun. 2019.

WEINHOLD et al. 2011. Soybeans, povertyandinequality in theBrazilianAmazon. Workingpaperfromthe London SchoolofEconomics, London, UK

WWF. 2014. The growthofSoy: ImpactsandSolutions. Gland, Suíça. Disponível em: https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/wwf_relatorio_soja_port.pdf. Acesso em: 20 jul. 2019.

Published

2025-01-29

How to Cite

Chelotti, J. (2025). Soy monocultures and pesticides in Brazil: geopolitics and sustainability in conflict. Revista InterAção, 15(3), e86306. https://doi.org/10.5902/2357797586306