Formação e sustentabilidade no semiárido: implantação de unidade técnica agroflorestal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2357797590067

Palavras-chave:

Tecnologia social, Agrofloresta, Semiárido, Soberania alimentar

Resumo

O projeto Floema, desenvolvido pela Organização Engenheiros Sem Fronteiras - núcleo Natal, visa promover práticas agroecológicas e sustentáveis em comunidades rurais do semiárido potiguar, com foco na segurança alimentar e resiliência climática. O objetivo principal é implantar uma Unidade Técnica Demonstrativa de Sistema Agroflorestal na comunidade de Catolé, em Lajes Pintadas/RN, integrando tecnologias sociais, como uso de biofertilizante oriundo do biogás e uso de águas residuárias, relacionados aos projetos Biodigestor e Saneamento Fértil respectivamente. A metodologia adotada segue os princípios da Engenharia Popular, unindo saberes locais e técnicas de engenharia e nutrição. O projeto, previsto para dois anos (2024-2025), iniciou-se com um diagnóstico socioeconômico, ambiental e nutricional, seguido por análises bioquímicas de solo, biofertilizante e água de reuso. As oficinas de formação incluem educação ambiental, práticas agroflorestais e nutricionais, realizadas junto à comunidade local. Até o momento, foram identificados desafios como a escassez de água e a falta de mão de obra qualificada, limitando a adoção de práticas mais complexas. No entanto, as formações propostas visam capacitar os agricultores para superarem essas barreiras e promoverem maior sustentabilidade. O projeto é uma oportunidade de melhorar a produção agrícola e pecuária, além de elevar a qualidade de vida e a segurança alimentar das famílias envolvidas.

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Biografia do Autor

Sandra Rufino, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Educadora, pesquisadora e professora bolsista de Produtividade Desen. Tec. e Extensão Inovadora do CNPq - Nível 2. Possui pós-doutorado em Extensão Universitária e Engenharia Engajada pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e pós-doutorado em Tecnologias Sociais pela Université Catholique de Louvain (UCL), mestrado e doutorado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e graduação pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo (FATEC-SP). É professora do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 2010, e compõe o grupo de pesquisa interinstitucional (UFRJ/UFRN/ITA/UFOP) que estuda Engenharias Engajadas. É membro: do Comitê Estadual de Investimentos e Negócios de Impacto Social (CENIS/RN); do Laboratório de Cidadania e Tecnologia Social (LabCTS-ITA); da Rede de Professores do Instituto de Cidadania Empresarial (Academia ICE); da Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá (REPOS). Integra a Associação Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social (ABEPETS) e é também conselheira dos Engenheiros Sem Fronteiras - ESF Brasil e orientadora ESF Natal. Nas atividades ADMINISTRATIVAS da instituição é membro do colegiado e do núcleo docente estruturante do curso e compõe o comitê de graduação na pró-reitoria. Já integrou a Comissão de Acompanhamento e Avaliação dos Programas de Ensino da UFRN, e o comitê de extensão da UFRN, foi coordenadora do curso de Engenharia de Produção e assessora acadêmica do Centro de Tecnologia. Nas atividades PROFISSIONAIS destaca-se sua atuação como coordenadora do projeto nacional para fortalecimento dos complexos cooperativos, cadeias produtivas e cooperativas de produção da UNISOL, financiado com recursos do SEBRAE, com impacto em mais de 100 organizações. Nesse âmbito, assessorou, ainda, os empreendimentos vinculados à incubadora tecnológica de empresas INCULTEC. No ENSINO são 29 anos de experiência ministrando para os cursos de engenharias, administração e sistemas de informação. Na PESQUISA e EXTENSÃO atua nas áreas de Engenharia de Produção com ênfase em Gestão da Produção, Engenharia da Sustentabilidade e Educação em Engenharia. Trabalhando, no momento, com os seguintes temas: Extensão Universitária e Engenharias Engajadas; Educação em Engenharia e Metodologias Ativas; Economia Solidária, Tecnologia e Inovação Social; Empreendedorismo Social e Negócios de Impacto Socioambiental; Gestão da Produção e Pensamento Enxuto (Lean for Hope, Manufacturing, Office, Construction, Healthcare).

Amanda Letícia Bezerra de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com atuação em pesquisa e extensão voltadas para sustentabilidade e segurança alimentar. Atua em projeto de extensão em agricultura agroflorestal pela incubadora de tecnologias sociais Engenheiros Sem Fronteiras - Núcleo Natal.

Priscila Olivia de Oliveira Dias, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduanda em Engenharia Agronômica pela UFRN, com experiência em pesquisa sobre sementes agrícolas e florestais no Laboratório de Tecnologias em Sementes e sobre sementes crioulas no Laboratório de Estudos Rurais. Atua em projeto de extensão em agricultura agroflorestal pela incubadora de tecnologias sociais Engenheiros Sem Fronteiras - Núcleo Natal.

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Publicado

2025-03-31

Como Citar

Rufino, S., Oliveira, A. L. B. de, & Dias, P. O. de O. (2025). Formação e sustentabilidade no semiárido: implantação de unidade técnica agroflorestal. InterAção, 16(1), e90067. https://doi.org/10.5902/2357797590067

Edição

v. 16 n. 1 (2025): Publicação Contínua: Dossiê "Tecnologia social: desafios tecnológicos para repensar o Brasil"

Seção

Artigos Dossiê

Licença

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