Escritas latino-americanas: realidades contemporâneas de povos subalternizados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2357797588441

Palavras-chave:

Descolonização do conhecimento, Povos subalternizados latino-americanos, Escritas de mulheres

Resumo

Foi proposto neste artigo a análise e reflexão sobre os conhecimentos de intelectuais da América Latina do século XIX até o momento presente, que ousaram refletir sobre pessoas negras, mulheres, povos originários, campesinos e outros grupos subalternizados. Reflexões que divergem epistemologicamente  de referenciais teóricos nortecêntricos, impostos em currículos de muitas universidades latino-americanas. Tendo que grande parte de mulheres negras, indígenas  e subalternizadas apresentam  produções de conhecimentos emancipatórios, subversões de classe, raça e  gênero, o artigo aponta principalmente estudos e ideias voltados aos pensamentos trazidos e desenvolvidos por  teóricas/os antirracistas, anticoloniais e progressistas. Emprega-se a  pesquisa bibliográfica,  num modo de descolonização do conhecimento, para compreender o exercício das práticas de avivamento das escritas na América Latina.

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Biografia do Autor

Eliane da Silva, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Letras (Língua Portuguesa/Inglesa) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2004). Mestrado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (2009). Doutoranda em Literatura Comparada - UFF/Niterói (2020). E-mail: eliane1silva@gmail.com

Andrea Rosendo da Silva, Universidade de São Paulo

Jornalista, doutoranda  pelo Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo (Prolam/USP). É mestra em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná (PPGCOM/UFPR) e bacharel em Comunicação Social - Jornalismo. E-mail: andrearosendo@usp.br

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Publicado

2025-02-25

Como Citar

Silva, E. da, & Silva, A. R. da. (2025). Escritas latino-americanas: realidades contemporâneas de povos subalternizados. InterAção, 15(3). https://doi.org/10.5902/2357797588441