O genocídio e o fim das Teorias das Relações Internacionais

Autores

  • Leonardo Augusto Peres Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.5902/2357797516496

Palavras-chave:

genocídio, Teoria das Relações Internacionais, Epistemologia das Relações Internacionais.

Resumo

O genocídio é um dos crimes mais atrozes contra a humanidade, mas sua compreensão e estudo ainda representam um campo de pesquisa muito limitado, o que dificulta sua prevenção e erradicação. Este artigo propõe, portanto, que as Relações Internacionais têm uma contribuição significativa a dar ao nascente campo de Estudos de Genocídio. Insere-se, assim, o conceito de genocídio no debate sobre o “fim da teoria” nas Relações Internacionais, perguntando-se se aquele é mais adequado a um estudo através de Teorias Gerais ou de teorias de médio alcance advindas de testes de hipóteses. Conclui-se, através de argumentos substantivos, normativos e metodológicos, que, no estágio atual das pesquisas sobre o genocídio, é mais interessante fazer estudos através de Teorias, para que, entre outros, se revelem as variáveis, indicadores e valores necessários aos testes de hipótese.

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Biografia do Autor

Leonardo Augusto Peres, Universidade de Brasília

Graduado em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Aluno do curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (IRel/UnB). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

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Publicado

2015-05-15

Como Citar

Peres, L. A. (2015). O genocídio e o fim das Teorias das Relações Internacionais. Revista InterAção, 7(7). https://doi.org/10.5902/2357797516496

Edição

Seção

Artigos