Discurso, prática e poder: o Brasil na Liga das Nações
DOI:
https://doi.org/10.5902/2357797512695Palavras-chave:
Política externa, Política Interna, Pós-Guerra, Liga das Nações.Resumo
O presente artigo aborda a participação do Brasil na Liga das Nações, contextualizando internamente e internacionalmente as razões da formulação da busca de um assento permanente como linha definidora da política externa do período, bem como os motivos do fracasso dessa pretensão. A política externa brasileira é orientada por uma busca de coesão social face à instabilidade interna política. O fortalecimento dos EUA, a reconversão econômica europeia pós-1ª Guerra e o fracasso dos ideais wilsonianos, por outro lado, colaboram para a manutenção do status periférico brasileiro e a não obtenção do assento desejado. A situação remete à atual atuação brasileira em relação ao Conselho de Segurança da ONU, hoje um ator regional e internacional relevante.Downloads
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