Das territorialidades hegemônicas às territorialidades Queer (Cuier): excitando os limites da Geografia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236499471804

Palavras-chave:

Geografias feministas, Geografia queer, Território

Resumo

O presente texto insere-se entre aqueles engajados no fomento das Geografias Feministas e Geografia Queer na produção científica brasileira. Estabelecemos como objetivo a análise dos sentidos e/ou significados de territorialidades manifestados nas pesquisas de mestrado e/ou doutorado publicadas entre 2018-2021 quais elegeram como grupo focal a população dissidente de gênero e/ou sexualidades. Acionamos as conceituações de território e territorialidades na Geografia brasileira contemporânea e articulamos-as com as teorias queer. Trata-se, portanto, de um estudo bibliográfico e documental. Conceber o território e as territorialidades para além das fronteiras cis-heteronormativas que limitam a ciência geográfica é um devir emancipatório do saber e fazer geográfico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Victor Dantas Siqueira Pequeno, Mato Grosso do Sul State University

Licenciado em Geografia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Campo Grande. Foi bolsista de Iniciação Científica do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq) e realizou pesquisa de Iniciação Científica Internacional pela UEMS (2022) com período sanduiche pela Facultad de Geografía da Universidad de La Habana (UH), onde desenvolveu a Pesquisa "A Centralidade Urbana da Rua 14 de Julho em Campo Grande - MS", vinculada ao Grupo de Pesquisa em Tecnologia, Território e Redes (GTTER).

Ana Paula Camilo Pereira, Mato Grosso do Sul State University

Doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio de pesquisa pela Université Sorbonne Nouvelle Paris III. Mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/Presidente Prudente). Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Atualmente é docente do curso de Geografia (Licenciatura e Bacharelado) e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), na Unidade Universitária de Campo Grande. Tem experiência na área de Geografia Humana. É integrante do Grupo de Pesquisa Metropolização, regionalização e reestruturação econômica (PUC-Rio), do Grupo de Pesquisa Metamorfoses Metropolitanas e Regionais do Laboratório de Estudos Regionais em Geografia (Lergeo/USP) e do Grupo de Estudos em Fronteira, Turismo e Território (Gefrontter/UEMS) e pesquisadora colaboradora do Observatório das Metrópoles - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. 

Referências

ALMEIDA, V. S. Proposta de cartografia queer a partir do mapeamento da violência aos corpos dissidentes das normas sexuais e de gênero em São Paulo. 2019. 271f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade de São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo, 2019.

BARBOSA, T. Linguagem, realidade e ensino de Geografia: leitura spinoziana. Revista Entre-Lugar, Dourados, v. 5, n. 9, p. 11–28, 2014. Disponível em: <https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/entre-lugar/article/view/4494>. Acesso em: 1 set. 2022.

BORGHI, R. O Espaço à Época do Queer: contaminações queer na Geografia Francesa. (Tradução: Maria Helena Lenzi). Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 6, n. 2, p. 133-146, ago./dez. 2015. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.5212/Rlagg.v.6.i2.0009

BRAGA, R. O. B. Espaço e práticas de cuidado de si, na relação saúde/doença do corpo das travestis e mulheres transexuais em Curitiba e Ponta Grossa, Paraná. 2020. 436f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2020.

BUTLER, J. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. (Tradução: Renato Aguiar). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

COSTA, B. P. Espaço social, cultura e território: o processo de microterritorializaçao homoerótica. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 27, p. 25-36, jun. 2010. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/3540>. Acesso em: 25 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2010.3540

COUTO JUNIOR, D. R.; POCAHY, F. A. Dissidências epistemológicas à brasileira: uma cartografia das teorizações queer na pesquisa em educação. Revista Inter Ação, Goiânia, v. 42, n. 3, p. 608–631, 2017. Disponível em: <https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/48905>. Acesso em: 23 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.5216/ia.v42i3.48905

GERALDES, E. S. Horizontes do mundo vivido: reflexões sobre a contribuição da hermenêutica para a Geografia Humanista / Horizons of lifeworld: reflections on the contribution of hermeneutics to humanistic geography. Geograficidade, Niterói, v. 1, n. 1, p. 59-66, 14 jan. 2012. Disponível em: <https://periodicos.uff.br/geograficidade/article/view/12808>. Acesso em: 25 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.22409/geograficidade2011.11.a12808

HAESBAERT, R. Território e multiterritorialidade: um debate. GEOgraphia, Niterói, v. 9, n. 17, 8 fev. 2007. Disponível em: <https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13531/8731>. Acesso em: 18 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2007.917.a13531

LÉVY, J. Qual o sentido da Geografia Cultural?. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, n. 61, p. 19-38, 2015. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/100758>. Acesso em: 18 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i61p19-38

MISKOLCI, R. Estranhando as Ciências Sociais: notas introdutórias sobre a Teoria Queer. Revista Florestan, São Carlos, v. 1, n.1, p. 8-25, 2014. Disponível em: <https://www.revistaflorestan.ufscar.br/index.php/Florestan/article/view/62>. Acesso em: 23 set. 2022.

OLIVEIRA NETO, I. S. Vivências docentes de professores gays e lésbicas no ensino de geografia em escolas de educação básica. 2019. 214f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2019.

ORNAT, M. J. Do território instituído ao território instituinte do ser travesti: algumas reflexões teóricas e metodológicas. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 27, p. 75-88, jun. 2010. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/3544>. Acesso em: 24 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2010.3544

PELÚCIO, L. Breve história de uma teoria deslocada. Revista Florestan, São Carlos, v. 1, n. , p. 26-45, 2014. Disponível em: <https://www.revistaflorestan.ufscar.br/index.php/Florestan/article/view/63>. Acesso em: 23 set. 2022.

PELÚCIO, L. Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?. Revista Periódicus, Salvador, v. 1, n. 1, p. 68–91, 2014. Disponível em: <https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/10150>. Acesso em: 23 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.9771/peri.v1i1.10150

REIS, M. L. Estudos de gênero na Geografia: uma análise feminista da produção do espaço. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 38, p. 11-34, dez. 2015. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/29067>. Acesso em: 11 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2015.29067

ROCHA, L. B. Apontamos para geografias interseccionais: anarco(trans)feminismo, corpo e corporeidade em uma perspectiva decolonial. Ensaios de Geografia, Niterói, v. 8, n. 17, p. 94-115, 31 jul. 2022. Disponível em: <https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/52306>. Acesso em: 24 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.22409/eg.v8i17.52306

SANTOS, A. E. C. Vivências transmasculinas em espaços educacionais de nível superior do Sul do Brasil e a multiplicidade espacial. 2020. 283p. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2020.

SCHIBELINSKI, D. “Isso é coisa do capeta!”: o papel da “ideologia de gênero” no atual projeto político de poder. Retratos da Escola, São Paulo, v. 14, n. 28, p. 15–38, 2020. Disponível em: <https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/1131>. Acesso em: 19 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v14i28.1131

SILVA, J. M. Um ensaio sobre as potencialidades do uso do conceito de gênero na análise geográfica. Revista de História Regional, Ponta Grossa, v. 8, n. 1, 2003. Disponível em: <https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/2167>. Acesso em: 12 set. 2022.

SILVA, J. M. GEOGRAFIAS FEMINISTAS, SEXUALIDADES E CORPORALIDADES: DESAFIOS ÀS PRÁTICAS INVESTIGATIVAS. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 27, p. 37-54, jun. 2010. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/3542>. Acesso em: 11 set. 2022. DOI: https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2010.3542

SILVA, J. M. ‘Relatos de si’: eu, a geografia e o indizível no campo científico. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, v. 2, n. 42, p. 173–189, 2020. Disponível em: <https://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/7888>. Acesso em: 25 set. 2022.

SOUZA, G. L. Na praia, na montanha, sob a luz do luar ou em algum lugar além do arco-íris: perspectivas geográficas acerca das espacialidades homossexuais masculinas representadas nos filmes Praia do Futuro, Bokeback Mountain e Moonlight. 2021. 224f. Tese (Doutorado em Geografia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro: Departamento de Geografia e Meio Ambiente, Rio de Janeiro, 2021.

SPITALERE, A. C. R. Geografia e gênero: considerações sobre a produção acadêmica brasileira. 2014. 75f. Monografia (Bacharelado em Geografia) - Universidade Estadual Paulista - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, 2014.

VASCONCELOS, A. P. N. Os cinemões como espaços de tensionamento à ordem hegemônica da sexualidade na produção do espaço urbano de Fortaleza-CE. 2018. 135f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Estadual do Ceará: Centro de Ciências e Tecnologia, Fortaleza, 2018.

VIEIRA, N. S. O Buraco da Lacraia na Lapa Carioca: relações homoafetivas e distintas territorialidades, em um espaço de vivências LGBT. 2019. 106f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro: Instituto de Geografia, Rio de Janeiro, 2019.

WILLIAMS, P. Epistemologia e Feminismo. Revista Três Pontos, Belo Horizonte. v.13, n.1, 2016 - Dossiê Múltiplos: Olhares sobre Gênero, p. 5-11, 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistatrespontos/article/view/3385>. Acesso em: 12 set. 2022.

Downloads

Publicado

2023-10-20

Como Citar

Pequeno, V. D. S., & Pereira, A. P. C. (2023). Das territorialidades hegemônicas às territorialidades Queer (Cuier): excitando os limites da Geografia. Geografia Ensino & Pesquisa, 27, e71804. https://doi.org/10.5902/2236499471804

Edição

v. 27 (2023): Geografia Ensino & Pesquisa. Publicação Contínua

Seção

Produção do Espaço e Dinâmica Regional

Licença

Copyright (c) 2023 Geografia Ensino & Pesquisa

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

A revista Geografia Ensino & Pesquisa deterá os direitos autorais dos trabalhos publicados. Os direitos referem-se a publicação do trabalho em qualquer parte do mundo, incluindo os direitos às renovações, expansões e disseminações da contribuição, bem como outros direitos subsidiá¡rios. Os autores comprometen-se com a originalidade do trabalho, e no caso de desistência da submissão, os autores assumem a responsabilidade de comunicar à revista.

Após publicado os(as) autores(as) têm permissão para a publicação da contribuição em outro meio, impresso ou digital, em português ou em tradução, desde que os devidos créditos sejam dados à Revista Geografia – Ensino & Pesquisa.

 

A revista Geografia Ensino & Pesquisa utiliza em suas publicações uma Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

 Creative Commons License