Cultos africanistas e o uso do meio ambiente e do espaço urbano da cidade de Porto Alegre - RS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236499435034

Palavras-chave:

Liberdade de culto, Direito ambiente sustentável, Conflito religião e meio ambiente

Resumo

A constituição federal brasileira relaciona dentre as garantias do cidadão o direito ao meio ambiente sadio e a liberdade religiosa e de liturgia. Também prevê como valor constitucional a ser defendido pelo Estado brasileiro as matrizes culturais africanas. A problemática da presente pesquisa é o conflito entre esses valores e garantias em um Estado democrático de direito, conflito este que identificamos no caso selecionado para estudo: praças da Intercap, bairro Partenon em Porto Alegre – RS. Assim, o objetivo da presente pesquisa é promover uma discussão deste conflito, de modo que esta contribua para uma solução válida e exeqüível em qualquer área verde sob administração pública. Evidencia-se que as normas protetivas do direito à liberdade religiosa têm eficácia absoluta, não podendo ser restringidas, através de Emendas ou com a elaboração de leis infraconstitucionais.

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Biografia do Autor

Vladimir Stolzenberg Torres, Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre, RS

Graduado em Ciências Biológicas (LP) pela PUCRS, e em Gestão Ambiental pela UNIASSELVI, possuindo Mestrado em Biociências PUCRS e Doutorado em Informática na Educação pela UFRGS. Pós-doutorando em Arquitetura e Urbanismo. Atualmente é Especialista do CRBio-3, Parecerista de vários periódicos científicos, Perito Judicial do TJ-RS, Técnico Científico - Superior - da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Porto Alegre.

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Publicado

2019-12-31

Como Citar

Torres, V. S. (2019). Cultos africanistas e o uso do meio ambiente e do espaço urbano da cidade de Porto Alegre - RS. Geografia Ensino & Pesquisa, 23, e34. https://doi.org/10.5902/2236499435034

Edição

Seção

Produção do Espaço e Dinâmica Regional