Violência e morte como Políticas de Estado

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DOI :

https://doi.org/10.5902/2179219487059

Mots-clés :

Chacinas, Violência de Estado, Relações de poder

Résumé

Nosso objetivo neste trabalho consistiu em discutir a violência de Estado na contemporaneidade, para isso, voltamo-nos ao Dicionário de Favelas Marielle Franco, a WikiFavelas, plataforma virtual que armazena conhecimentos sobre favelas e periferias. No dicionário, selecionamos os verbetes Chacinas em favelas no Rio de Janeiro e Chacina de Acari para analisarmos os posicionamentos materializados em tais discursividades e produzimos um gesto de interpretação sobre a chamada “estatização da morte”, lugar da diferença que legitima o direito ao extermínio de determinados sujeitos em comunidades de extrema vulnerabilidade social.  

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Renata Adriana de Souza, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Possui graduação em Letras- Portugês/Francês pela Universidade Estadual de Maringá (2005). Mestrado em Letras, Estudos Linguísticos, pela Universidade Estadual de Maringá (2009) e doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS (2015). É professora do Departamento de Letras da Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO, em Guarapuava-PR, membro do Grupo de Pesquisa Interfaces Língua e Literatura, UNICENTRO-PR, e e vice-líder do Laboratório de Estudos do Discurso da Unicentro ? LEDUNI. Atualmente, é Chefe da Divisão de Coordenação Pedagógica do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade, UNATI, da UNICENTRO. Desenvolve pesquisas com as seguintes temáticas: Arquivo, Memória e Imagem; Diversidade e Inclusão; Mídia, Relações de Poder e Resistência.

Jefferson Gustavo dos Santos Campos, Universidade Federal de Rondônia

Doutor em Letras, Área de Concentração: Estudos Linguísticos, pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual de Maringá (2021), onde também obteve o grau de Mestre em Letras (2014) e a Licenciatura em Letras Língua Portuguesa e literaturas correspondentes (2011). É Professor Adjunto lotado no Departamento Acadêmico de Letras Vernáculas (DALV/UNIR) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGML) da Universidade Federal de Rondônia, campus Porto Velho. Tem experiência docente e em pesquisa nas áreas de (i) Linguística, com ênfase nos Estudos Discursivos Foucaultianos, Análise do Discurso e Estudos do Texto e; dos (ii) Estudos Decoloniais com foco nas Epistemologias do Sul e Teorias Críticas Raciais. Atualmente, coordena o Centro de Estudos da Linguagem (Gestão 2022-2024), um núcleo de apoio de atividades de ensino, pesquisa e extensão vinculado ao Departamento de Letras Vernáculas da Unir. É, também, Presidente do Comitê Permanente de Gênero, Sexualidade, Raça, Povos Indígenas e Questões Geracionais da Unir e Editor-Chefe da EDUFRO. É líder do Grupo de Estudos sobre Discurso e Cultura na Amazônia (GEDisCA/CNPq), vice-líder do Grupo de Estudos em Análise do Discurso da UEM (Geduem/CNPq); e atua como pesquisador no: Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Gêneros, Discursos e Comunicação na Amazônia (Unir - Hibiscus/CNPq); no Grupo de Pesquisa Linguagem e Racismo da UFSB (GPLR/CNPq) e; no Círculo de Discussões da Análise do Discurso (CIDADI-UFPB). Suas pesquisas abordam práticas discursivas de subjetivação e de produção de sentidos nos campos das artes, da prática museológica, das mídias e do corpo como topias ou utopias no/pelo espaço digital. Seu interesse investigativo repousa, em especial, na prática de relatar a si mesmo como modo de produção do discurso verdadeiro e nas intersecções gênero, raça e espaço na produção do conhecimento (de práticas culturais no e partir do território amazônico). É membro das seguintes associações científicas: Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras - GT Estudos Discursivos Foucaultianos (Anpoll) e da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN), onde atua como membro do Comitê de Análise do Discurso.

Références

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Publiée

2024-11-30

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Souza, R. A. de, & Campos, J. G. dos S. (2024). Violência e morte como Políticas de Estado. Fragmentum, (63), 84–96. https://doi.org/10.5902/2179219487059