"Para ler é preciso saber associar”: uma teoria da leitura em respiração artificial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179219461407

Palavras-chave:

escrita, leitura, autobiografia, segredo, enigma

Resumo

O texto busca sentidos variáveis para a irrupção do relato de Tardewski a Emílio Renzi na noite que passam em claro em Concordia à espera de Marcelo Maggi em Respiração artificial, romance de Ricardo Piglia. Um relato que se diferencia dos demais por colocar em cena uma mulher que “escreve belamente” mas que acredita não poder ser escritora, uma mulher que afirma só ser possível escrever com o próprio corpo. Usando procedimentos de Piglia defendidos no romance e em outros textos, especula-se sobre uma teoria da leitura como reversibilidade da escrita que estaria cifrada no relato e defendida enquanto associação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ieda MAGRI, UERJ

Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professora adjunta do departamento de Literatura Brasileira e Teoria da Literatura da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Desenvolveu seu pós-doutorado na UFRJ a partir dos mapas de escritores latino-americanos de Roberto Bolaño e sua influência no contexto literário do continente. É autora dos romances Ninguém (7Letras, 2016), Olhos de bicho (Rocco, 2013), Tinha uma coisa aqui (7Letras, 2007) e do ensaio O nervo exposto: João Antônio, experiência e literatura (Lume, 2013) e organizou, com Paulo Moreira e Saulo Lemos, o e-book Literatura e crítica contemporânea na América Latina. Sua pesquisa atual Literatura brasileira e latino-americana: questões de inserção no cenário contemporâneo é apoiada pela Faperj no programa Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE).

Referências

KAFKA, Franz. Diários 1909-1912. Trad. Renato Zwick. Porto Alegre: LP&M, 2018.

KAMENSZAIN, Tamara. El libro de Tamar. Buenos Aires: Eterna Cadência, 2018.

PIGLIA, Ricardo. Formas breves. Trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.

PIGLIA, Ricardo. Respiração artificial. Trad. Heloisa Jahn. São Paulo: Iluminuras, 1987.

PIGLIA, Ricardo. Nome falso. Trad. Heloisa Jahn. São Paulo: Iluminuras, 1988.

PIGLIA, Ricardo. O último leitor. Trad. Heloisa Jahn. São Paulo: Cia das Letras, 2006.

PIGLIA, Ricardo. La forma inicial. Conversaciones en Princeton. Buenos Aires: Eterna Cadência, 2015.

PIGLIA, Ricardo. Teoria de la prosa. Buenos Aires: Eterna Cadência, 2019.

PIGLIA, Ricardo. O laboratório do escritor. Trad. Josely Vianna Baptista. São Paulo: Iluminuras, 1994.

PIGLIA, Ricardo. Los diarios de Emilio Renzi. Un día en la vida. Volume 3. Apple Books, 2017.

PRIETO, Ana. “Parejas de autores: entre la primera lectura y la critica en negativo”. Clarín, Revista Ñ, 12/07/2018.

SEGATO, Rita Laura. Território, soberania e crimes de segundo Estado: a escritura nos corpos das mulheres de Ciudad Juarez. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 13, n. 2, p. 265-285, agosto de 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2005000200003&lng=en&nrm=iso>. Último acesso em: 26 de fevereiro de 2020. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2005000200003.

Downloads

Publicado

2021-06-09 — Atualizado em 2022-03-22

Versões

Como Citar

MAGRI, I. (2022). "Para ler é preciso saber associar”: uma teoria da leitura em respiração artificial. Fragmentum, (57). https://doi.org/10.5902/2179219461407 (Original work published 9º de junho de 2021)