SOBRE A NOÇÃO DE PRÁTICAS LINGUAGEIRAS: LUGARES DE EMERGÊNCIA, FILIAÇÕES E FRONTEIRAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179219433673

Palavras-chave:

práticas linguageiras, trabalho com a língua(gem), político na (da) língua

Resumo

Este estudo reflete sobre a designação práticas linguageiras, desde uma perspectiva materialista, entendendo-a como a não dissociação entre o campo da práxis e do conhecimento. Considera como o corte encetado pelo Curso de Linguística Geral (CLG), que propôs a dicotomia língua/ fala, abriga de modo contraditório o estatuto social da língua. Essa problemática dialoga com debates que colocam a referida designação sob o escopo de práticas sociais e históricas, considerando o quanto sua circunscrição se dá desde uma perspectiva política dos sentidos. A partir disso são apresentadas filiações e fronteiras da designação em tela em diferentes vertentes dos estudos da linguagem.

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Biografia do Autor

Gesualda dos Santos Rasia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Doutora em Letras- Teorias do Texto e do Discurso pela UFRGS, professora na Universidade Federal do Paraná.

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Publicado

2019-02-26

Como Citar

Rasia, G. dos S. (2019). SOBRE A NOÇÃO DE PRÁTICAS LINGUAGEIRAS: LUGARES DE EMERGÊNCIA, FILIAÇÕES E FRONTEIRAS. Fragmentum, (52), 165–187. https://doi.org/10.5902/2179219433673