O anjo antuniano: a matriz mnésica como força motriz da obra de António Lobo Antunes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179219470705

Palavras-chave:

Angelus Novus, Passado, Tempo, Memória, Matriz

Resumo

Tomando como ponto de partida a teoria do Anjo da História, julgamos ser inteligível estabelecer uma ligação entre o Angelus Novus (pintura de Paul Klee), conforme é visto por Walter Benjamin, e o conceito de tempo na obra de António Lobo Antunes. Apreendendo uma vivência temporal distinta (África), as memórias da obra antuniana desdobram-se entre o passado e o presente, tentando superar o dilema do Anjo da pintura de Klee: resgatar os mortos, o passado, perante o advento do progresso.

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Biografia do Autor

Norberto do Vale Cardoso, Polytechnic Institute of Bragança

Norberto do Vale Cardoso licenciou-se em 1999 em Ensino de Português e Inglês pela Universidade do Minho, após estágio profissional integrado realizado numa escola secundária. De 2001 a 2004 cursou e concluiu, mediante provas públicas, o Mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa pela Universidade do Minho, com a dissertação Autognose e (Des)Memória: Guerra Colonial e Identidade Nacional em Lobo Antunes, Assis Pacheco e Manuel Alegre. Em 2005 iniciou o Doutoramento em Ciências da Literatura – Ramo Literatura Portuguesa, também na Universidade do Minho, para o qual lhe foi concedida uma bolsa pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Em 2010 apresentou publicamente a dissertação de doutoramento A Mão-de-Judas: Representações da Guerra Colonial em António Lobo Antunes, ensaio que viria a ser publicado em 2011 pela Texto, incluído na Colecção de Ensaio António Lobo Antunes (dirigida por Maria Alzira Seixo).

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Publicado

2024-03-08

Como Citar

Cardoso, N. do V. (2024). O anjo antuniano: a matriz mnésica como força motriz da obra de António Lobo Antunes. Fragmentum, (60). https://doi.org/10.5902/2179219470705