NA RELAÇÃO <em>LÍNGUA/POESIA</em>: AS VERSÕES DOS <em>BRASIS</em> E SUJEITOS NACIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.5902/fragmentum.v0i47.21648Palavras-chave:
Discurso, Língua, Poesia, Discurso literárioResumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre a relação língua/poesia, conforme tomada nos estudos da linguagem, com base nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso (PÊCHEUX, 1988; 2004; ORLANDI, 1999; MARIANI, 2004). Nosso interesse é mostrar como a separação entre língua/poesia, nesses estudos, produziu consequências teórico-analíticas em relação à leitura/interpretação do texto poético, donde advêm, ainda hoje, práticas tradicionais que desautorizam sua leitura pelas teorias linguísticas. Para além da teoria discursiva, a análise, que recorta a poesia Cabeludinho, da obra Poemas concebidos sem pecado (1937), de Manoel de Barros (1916-2014), mostra os modos pelos quais a linguagem (se) dobra sobre si mesma, ressaltando o funcionamento próprio da língua na contemporaneidade.
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