Regeneração natural em área de corte raso de <i>Pinus taeda</i> L.
DOI:
https://doi.org/10.5902/198050987521Palavras-chave:
Regeneração natural, Floresta ombrófila mista, Pinus taeda L., ReflorestamentoResumo
O presente estudo teve como objetivo a análise florística da regeneração natural em área de corte raso de Pinus taeda L., após reflorestamento de aproximadamente quinze anos, num prazo de cerca de dois anos após corte. A área de estudo localiza-se na cidade de Campo Largo – PR, cuja tipologia florestal pertencente a Floresta Ombrófila Mista, num total de 5,5 hectares. A área amostral compreendeu dez parcelas de 10x10m (100 m²) cada, no interior das quais foram alocadas cinco subparcelas totalizando 5 m², dos quais foram coletados todos os indivíduos de característica arbórea. Foram amostrados 406 indivíduos, pertencentes a 64 espécies botânicas. A família Asteraceae foi a que apresentou maior número de exemplares, seguida de Solanaceae e Myrsinaceae. Os índices de diversidade ecológica de Shannon, e índice de equabilidade de Pielou apresentaram valores de 3,42 e 0,82 respectivamente. O número de indivíduos de Pinus em regeneração na área estudada foi de 23 exemplares, apresentando um alto valor quando comparado às demais espécies. No entanto, pode-se concluir que o número de indivíduos, bem como de espécies, não apresentou comprometimento devido ao reflorestamento com a espécie exótica.Downloads
Referências
ALMEIDA, D. S. Recuperação ambiental da mata atlântica. 3. ed. rev. e ampl. Ilhéus: Editus, 2016.
ALVES, L. F.; METZGER, J. P. A regeneração florestal em áreas de floresta secundária na Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, São Paulo, v. 6, n. 2, 2006.
ARAUJO, M. M. et al. Análise de agrupamento em remanescente de floresta Ombrófila Mista. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 20, n. 1, p. 1-18, 2010.
BARDDAL, M. L. Aspectos florísticos e fitossociológicos do Componente Arbóreo-Arbustivo de uma Floresta Ombrófila Mista Aluvial - Araucária PR. 2002. 100 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, 2002.
BECHARA, F. C. Restauração Ecológica de Restingas Contaminadas por Pinus no Parque do Rio Vermelho, Florianópolis, SC. 2003. 136 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
BUDOWSKI, G. Distribution of tropical american rain forest species in the light of sucessional processes. Turrialba, Costa Rica, v. 15, n. 1, p. 40-42, 1965.
CALDATO, S. L. et al. Estudo da regeneração natural, banco de sementes e chuva de sementes na reserva genética florestal de Caçador, SC. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 6, n. 1, p. 27-38, 1996.
CAMPO LARGO (PR). Prefeitura Municipal. Dados sobre a cidade. [2012].Disponível em: <http://site.campolargo.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 19 ago. 2012.
CAMPOS, J. C.; LANDGRAF, P. R. C. Análise da regeneração natural de espécies florestais em matas ciliares de acordo com a distância da margem do lago. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 11, n. 2, p. 143-151, 2001.
CARVALHO, P. E. Pinheiro-do-paraná. [S.l.]: Embrapa, 2002. (Circular Técnica, 60).
CHAVES, R. Q.; CORRÊA G. F. Macronutrientes no sistema solo - Pinus caribaea Morelet em plantios apresentando amarelecimento das acículas e morte de plantas. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 29, n. 5, p. 691-700, 2005.
CIELO FILHO, R.; SANTIN, D. A. Estudo florístico e fitossociológico de um fragmento florestal urbano – Bosque dos Alemães, Campinas, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 291-301, 2002.
COLWELL, R. K. EstimateS: statistical estimation of species richness and shared species from sample.
Version 9. [S.l.: s.n.], 2013. Disponível em: .
EMBRAPA. Clima. [2012]. Disponível em <http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/efb/clima.htm>. Acesso em: 15 abr. 2012.
FONSECA, N. C. et al. Similaridade Florística e colonização biológica de Prosopis juliflora [(Sw) DC] ao longo do Rio Paraíba. Nativa, Sinop, v. 4, n. 6, p. 392-397, 2016.
GARCIA, C. C. et al. Regeneração natural de espécies arbóreas em fragmento de floresta estacional semidecidual Montana, no domínio da Mata Atlântica, em Viçosa, MG. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 21, n. 4, p. 677-688, 2011.
GARWOOD, N. C. Seed germination in a seasonal tropical forest in Panama: a community study. Ecological Monographs, Washington, v. 53, p. 159-181, 1983.
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. Histórico meteorológico. [2012]. Disponível em:
<http://www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php? conteudo=889>. Acesso em: 15 abr. 2012.
INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Lista de Espécies Invasoras – Flora. [2012]. Disponível em <http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Atividades/INVASORAS/flora_atual.pdf>. Acesso: 19 ago. 2012.
KERSTEN, R. A.; BORGO, M.; GALVÃO, F. Floresta Ombrófila Mista: aspectos fitogeográficos, ecológicos e métodos de estudo. In: EISENLOHR, P. V. et al. (Ed.). Fitossociologia no Brasil: métodos e
estudos de caso. Viçosa, MG: Editora UFV, 2015. v. 2. p. 156-182.
KOLB, S. R. Islands of secondary vegetation in degraded pastures of Brazil: their role in reestablishing Atlantic Coastal Forest. 1993. Thesis (Ph.D) – University of Georgia, Athens, 1993.
MARTINS, A. M. O processo de regeneração natural e a restauração de ecossistemas em antigas áreas de produção florestal. 2009. 89 f. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) – Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2009.
MARTINI, A. M. Z. Métodos de amostragem de clareiras naturais em estudos fitossociológicos. In: FELFILI, J. M. et al. Fitossociologia no Brasil: Métodos e estudos de caso. Viçosa, MG: Editora UFV, 2013. v. 1. p. 156-173.
MAUHS, J. Fitossociologia e regeneração natural de um fragmento de floresta ombrófila mista exposto a perturbações antrópicas. 2002. 66 f. Dissertação (Mestrado em Diversidade e Manejo de Vida Silvestre) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2002.
NARVAES, I. S.; BRENA, D. A.; LONGHI, S. J. Estrutura da regeneração natural em floresta ombrófila mista na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, RS. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 15, n. 4, p. 331-342, 2005.
RIOS, R. C. Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente a distúrbios antrópicos. 2010. 172 f. Tese (Doutorado em Conservação da Natureza) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.
RODERJAN, C. V. et al. As unidades fitogeográficas do estado do Paraná, Brasil. Ciência & Ambiente, Santa Maria, v. 24, p. 75-92, 2002.
RODRIGUES, R. R. Colonização e enriquecimento de um fragmento florestal urbano após a ocorrência de fogo. Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP: Avaliação temporal da regeneração natural (66 meses) e do crescimento (51 meses) de 30 espécies florestais plantadas em consórcios sucessionais. 1999. Tese (Livre Docência) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 1999.
SALLES, J. C.; SCHIAVINI, I. Estrutura e composição do estrato de regeneração em um fragmento florestal urbano: implicações para a dinâmica e a conservação da comunidade arbórea. Acta Botânica Brasileira, Belo Horizonte, v. 21, n. 1, p. 223-233, 2007.
SARTOR, L. R. et al. Alelopatia de acículas de Pinus taeda na germinação e no desenvolvimento de plântulas de Avena strigosa. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, n. 6, p. 1653-1659, 2009.
SARTOR, L. R. et al. Alelopatia de acículas de pinus na germinação e desenvolvimento de plântulas de milho, picão preto e alface. Bioscience, Uberlândia, v. 31, n. 2, p. 470-480, 2015.
SCOLARI, G. O. et al. Riqueza e abundância de espécies lenhosas em reflorestamento de Pinus taeda L. e Floresta Ombrófila Mista no Centro – Leste do Estado do Paraná. Semina: Ciências Agrárias, Santa Maria, v. 31, p. 1361-1366, 2010.
SCHORN, L. A.; GALVÃO, F. Dinâmica da regeneração natural em três estágios sucessionais de uma floresta ombrófila densa em Blumenau, SC. Revista Floresta, Curitiba, v. 36, n. 1, jan./abr. 2006.
SILVA, W. M. et al. Estrutura e sucessão ecológica de uma comunidade florestal urbana no sul do Espírito Santo. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 68, n. 2, p. 301-314, 2017.
SOARES, G. L. G. Inibição da germinação e do crescimento radicular de alface (cv. ‘Grand Rapids’) por extratos aquosos de cinco espécies de Gleicheniaceae. Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 7, n. 1, p. 190-197, 2000.
SOUZA, A. L. et al. Dinâmica da regeneração natural em uma floresta ombrófila densa secundária, após corte de cipós, reserva natural da companhia Vale do Rio Doce S.A., Estado do Espírito Santo, Brasil. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 26, n. 4, p. 411-419, 2002.
SOUZA, R. P. M. et al. Estrutura e aspectos da regeneração natural de Floresta Ombrófila Mista no Parque Estadual de Campos do Jordão, SP, Brasil. Hoehnea, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 387-407, 2012.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado no APG II. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. 704 p.
VINHAL-FREITAS, I. C.; SILVAS, M.; MELO, L. F. Efeito alelopático de extratos aquosos de resíduos de Pinus caribaea na germinação de soja. Agropecuária Técnica, Areia, v. 31, n. 2, p. 85-90, 2010
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.