Análise das mudanças na vegetação nativa da APA Lago de Palmas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509834424

Palavras-chave:

Desmatamento, Geoprocessamento, Landsat, Spring

Resumo

Neste estudo propõe-se conhecer a dinâmica da vegetação de Cerrado e Floresta Estacional, no período de 2000 a 2017, na Área de Preservação Ambiental (APA) Lago de Palmas, utilizando-se imagens do satélite Landsat e o software livre Spring 5.5.3. Foram construídos dois mapas temáticos da área estudada para estimar, por meio de análise comparativa, o processo de substituição da vegetação nativa, utilizaram-se os métodos Maxver e Isoseg para as classes de cobertura da terra: Vegetação nativa – Mata densa, Vegetação nativa – Campo, Solo exposto e Curso hídrico, na correção e validação recorreram-se às imagens históricas do Google Earth Pro. Os resultados indicam que houve uma perda de 38,56% da vegetação nativa, o centro urbano expandiu em uma proporção de 14 vezes, cerca de 10.760,13 ha foram inundados pelo reservatório da usina do Lajeado, resultando a perda de terra, árvores e biodiversidade. Infere-se que a APA não cumpre o papel previsto na legislação ambiental, pois sua ocupação é feita de forma desordenada, não existe plano de manejo, os mapeamentos indicam uma sistemática substituição da vegetação nativa por massa d’água, áreas agrícolas e de urbanização.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Alexandre Oliveira, Universidade Federal do Tocantins, Palmas, TO

Graduado em Matemática e Direito, Mestre em matemática aplicada e Doutorando em biodiversidade da Amazônia.

Joênes Mucci Pelúzio, Universidade Federal do Tocantins, Palmas, TO

Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor da Rede Bionorte, Universidade Federal do Tocantins

Warley Gramacho da Silva, Universidade Federal do Tocantins, Palmas, TO

Bacharel em Ciência da Computação, Dr., Professor do curso de ciência da computação, Universidade Federal do Tocantins.

Referências

BARSI, J. A. et al. The Spectral Response of the Landsat-8 Operational Land Imager. Remote Sensing, [s.l.], v. 6, n.10, p. 10232-10251, oct. 2014.

BAYMA, A. P.; SANO, E. E. Séries temporais de índices de vegetação (NDVI e EVI) do sensor modis para detecção de desmatamentos no bioma cerrado. Boletim de Ciências Geodésicas, Curitiba, v. 21, n. 4, p. 797-813, dez. 2015.

BERTUCINI JUNIOR, J. J. B.; CENTENO, J. A. S. Registro de série de imagens Landsat usando correlação e análise de relação espacial. Boletim de Ciências Geodésicas, Curitiba, v. 22, n. 4, p. 685-702, dez. 2016.

BORGES, L. A. C.; REZENDE, J. L. P. Áreas protegidas no interior de propriedades rurais: a questão da APP e RL. Floresta e Ambiente, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, p. 210-222, jun. 2011.

BRASIL. Lei Federal n. 7.803 de 18 de julho de 1989. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2018.

BRASIL. Lei Federal n. 12.651 de 25 de maio de 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm>. Acesso em: 10 abr. 2018.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Mapeamento do uso e cobertura do cerrado: Projeto TerraClass Cerrado 2013. Brasília: MMA, 2015a. Disponível em: . Acesso em: 22 mar. 2018.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Monitoramento do desmatamento nos biomas Brasileiros por satélites: monitoramento do Bioma Cerrado 2010-2011. Brasília: MMA, 2015b. Disponível em: . Acesso em: 11 mar. 2018.

DINIZ, J. M. F. S. et al. Detecção da expansão da área minerada no quadrilátero ferrífero, Minas Gerais, no período de 1985 a 2011 através de técnicas de sensoriamento remoto. Boletim de Ciências Geodésicas, Curitiba, v. 20, n. 3, p. 683-700, set. 2014.

FERNANDES, M. R. M. et al. Mudanças do uso e de cobertura da terra na região semiárida de Sergipe. Floresta e Ambiente, Rio de Janeiro v. 22, n. 4, p. 472-482, dez. 2015.

IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira: sistema fitogeográfico, inventário das formações florestais e campestres, técnicas e manejo de coleções botânicas, procedimentos para mapeamentos. Rio de Janeiro, 2012. 271 p.

IBGE. Mapas Exploratório de Solos. Rio de Janeiro, [2007]. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_ambientais/pedologia/mapas/unidades_da_federacao/ to_pedologia.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2018.

JENSEN, J. R. Sensoriamento Remoto do Ambiente: uma perspectiva em recursos terrestres. 2. ed. São José dos Campos: Parênteses, 2009. 598 p.

MENESES, P. R.; ALMEIDA, T. Introdução ao processamento de imagens de sensoriamento remoto. Brasília: UNB, 2012.

NASCIMENTO, T. V.; FERNANDES, L. L. Mapeamento de uso e ocupação do solo de uma pequena bacia hidrográfica da Amazônia. Ciência e Natura, Santa Maria, v. 39, n. 1, p. 170-178, abr. 2017.

NOVO, E. M. L. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. 4. ed. São Paulo: Blucher, 2010.

PIAZZA, G. A. et al. Mapeamento de remanescentes em estágio inicial de sucessão na floresta subtropical Atlântica do sul do Brasil. Boletim de Ciências Geodésicas, Curitiba, v. 22, n. 4, p. 774-789, dez. 2016.

PONS, N. A. D.; PEJON, O. J. Aplicação do SIG em estudos de degradação ambiental: o caso de São Carlos (SP). Revista Brasileira de Geociências, Curitiba, v. 38, n. 2, p. 295-302, jun. 2008.

PONZONI, F. J.; SHIMABUKURO, Y. E.; KUPLICH, T. M. Sensoriamento remoto da vegetação. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. 176 p.

QUEIROZ, R. et al. Geração de energia elétrica através da energia hidráulica e seus impactos ambientais. REGET, Santa Maria, v. 13, n. 13, p. 2774-2784, ago. 2013.

RESENDE, M. R.; BERNUCCCI, L. L.; QUINTANILHA, J. A. Classificação híbrida: Pixel a Pixel e baseada em objetos para o monitoramento da condição da superfície dos pavimentos rodoviários. Boletim de Ciências Geodésicas, Curitiba, v. 18, n. 3, p. 397-420, set. 2012.

SANTOS, A. R.; PELUZIO, T. M. O.; SAITO, N. S. Spring 5.1.2 passo a passo: aplicações práticas. Alegre: CAUFES, 2010. 153 p.

SANTOS, R. D. B. et al. Avaliação da dinâmica da vegetação em áreas desmatadas na Floresta Amazônica. Floresta e Ambiente, Rio de Janeiro, v. 22, n.4, p. 512-523, dez. 2015.

SALLES, M. C. T.; GRIGIO, A. M.; SILVA. M. R. F. da. Expansão urbana e conflito ambiental: Uma descrição da problemática do município de Mossoró, RN – Brasil. Sociedade e Natureza, Uberlândia, v. 25, n. 2, p. 281-290, ago. 2013.

SILVA, E. A. et al. Uso de imagens orbitais no geoprocessamento algébrico da microrregião da campanha ocidental, Rio Grande do Sul. Floresta e Ambiente, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 277-285, set. 2014.

SILVA, F. M. M.; ARAKI, H. Integração de dados de imagens orbitais de alta resolução e als para detecção semi-automática de edificações em área urbanas. Boletim de Ciências Geodésicas, Curitiba, v. 21, n. 3, p. 548-571, set. 2015.

SOUZA, C. G. et al. Análise da fragmentação florestal da área de proteção ambiental Coqueiral, Coqueiral – MG. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 3, p. 631-644. set. 2014.

TOCANTINS. Lei Estadual n. 1.098 de 1999. Disponível em: . Acesso em: 14 abr. 2018.

TOCANTINS. Mapa das Regiões Fitoecológicas. 2013. Disponível em: <https://seplan.to.gov.br/zoneamento /mapas/>. Acesso em: 18 abr. 2018.

WATZLAWICK, L. F.; KIRCHNER, F. F.; SANQUETTA, C. R. Estimativa de biomassa e carbono em floresta com araucária utilizando imagens do satélite Ikonos II. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 19, n. 2, p. 169-181, jun. 2009.

Downloads

Publicado

30-09-2019

Como Citar

Oliveira, P. A., Pelúzio, J. M., & Silva, W. G. da. (2019). Análise das mudanças na vegetação nativa da APA Lago de Palmas. Ciência Florestal, 29(3), 1376–1388. https://doi.org/10.5902/1980509834424

Edição

Seção

Nota Técnica