Calogênese em <i>Myracrodruon urundeuva</i> Fr. All.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509831689

Palavras-chave:

Aroeira-do-sertão, Carboidratos, Planta medicinal, Cultivo in vitro

Resumo

Myracrodruon urundeuva Fr. All. é uma árvore que pertence à família Anacardiaceae, conhecida popularmente como aroeira-do-sertão; possui potencial para utilização madeireira e medicinal, entretanto está ameaçada de extinção. Este trabalho objetivou estudar a calogênese da aroeira-do-sertão, bem como analisar bioquimicamente os calos produzidos, visando estudos posteriores em embriogênese somática. Explantes foliares foram inoculados em meio de cultura MS (MURASHIGE; SKOOG, 1962) suplementado com diferentes concentrações (0,0; 2,5; 5,0; 10,0 e 20,0 μM) de 2,4-D (2,4-diclorofenoxiacético), (0,0; 2,5 e 5,0 μM) CIN (cinetina) e (0,0; 0,34; 0,68 e 1,37 μM) glutamina. Para a curva de crescimento, pesou-se a massa fresca dos explantes com e sem calos até o 56º dia de cultivo, em intervalos de 7 dias. Foram determinados os açúcares redutores (AR), a sacarose e os açúcares solúveis totais (AST) em cada período da curva de crescimento. A utilização de 2,4-D é eficiente para a indução de calos em Myracrodruon urundeuva e a calogênese é potencializada com a combinação de 2,4-D, CIN e glutamina no meio nutritivo. A curva de crescimento dos calos de Myracrodruon urundeuva apresenta forma sigmoidal com cinco fases: lag, exponencial, linear, desaceleração e estacionária. O conteúdo de sacarose e AST apresentou comportamento distinto de acordo com as diferentes fases de crescimento dos calos, exibindo acúmulo de açúcares no período de preparação para o crescimento, degradação na fase exponencial e nova fase de acumulação nos estágios finais (desaceleração e estacionária). O conteúdo de AR, excetuando o dia “zero”, se manteve estável durante todos os períodos avaliados. Os calos de Myracrodruon urundeuva possuem potencial embriogênico, no entanto sugerem-se novos estudos para obtenção de embriões somáticos, bem como identificação do período em que os mesmos serão formados.

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Biografia do Autor

Tecla dos Santos Silva, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA

Bióloga, Dra., Universidade Estadual de Feira de Santana, Av. Transnordestina, s/n, Novo Horizonte, CEP 44036-900, Feira de Santana (BA), Brasil.

Rosembrando Sosthenes Leite Carvalho Filho, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA

Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Recursos Genéticos Vegetais, Universidade Estadual de Feira de Santana, Av. Transnordestina, s/n, Novo Horizonte, CEP 44036-900, Feira de Santana (BA), Brasil.

Tamara Torres Tanan, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA

Bióloga, Dra., Programa de Pós Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Universidade Estadual de Feira de Santana, Av. Transnordestina, s/n, Novo Horizonte, CEP 44036-900, Feira de Santana (BA), Brasil. 

Thaylane Carneiro Rocha, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA

Graduanda em Agronomia, Universidade Estadual de Feira de Santana, Av. Transnordestina, s/n, Novo Horizonte, CEP 44036-900, Feira de Santana (BA), Brasil.

José Raniere Ferreira de Santana, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA

Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade Estadual de Feira de Santana, Av. Transnordestina, s/n, Novo Horizonte, CEP 44036-900, Feira de Santana (BA), Brasil. 

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Publicado

01-09-2020

Como Citar

Silva, T. dos S., Carvalho Filho, R. S. L., Tanan, T. T., Rocha, T. C., & Santana, J. R. F. de. (2020). Calogênese em <i>Myracrodruon urundeuva</i> Fr. All. Ciência Florestal, 30(3), 700–717. https://doi.org/10.5902/1980509831689

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