GERMINAÇÃO E REINDUÇÃO DA TOLERÂNCIA À DESSECAÇÃO EM SEMENTES DE <i>Senna multijuga</i> (RICH.) IRWIN ET BARN

Autores

  • Diego Egídio Ribeiro
  • Amauri Alves de Alvarenga
  • Joeferson Reis Martins
  • Amanda Cristiane Rodrigues
  • Vitor Oliveira Maia

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509825031

Palavras-chave:

luz, dormência tegumentar, canafístula

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar diferentes métodos de superação de dormência, condições ótimas de germinação, tais como luz, temperatura, e possível reindução da tolerância à dessecação em sementes de Senna multijuga. Foram testados dois métodos de superação de dormência: imersão em água com temperatura inicial de 100ºC (água quente) e imersão em água com temperatura constante a 100ºC por 20 segundos (água fervente), ambos os tratamentos seguidos de repouso fora do aquecimento por 24 horas. Para o teste de germinação, foram avaliados os regimes térmicos 25ºC, 30ºC (constantes) e 20-30°C (alternados), na presença e ausência de luz. Para o teste de reindução da tolerância à dessecação, foram selecionadas sementes germinadas com 1, 2, 3 e 4 mm de comprimento radicular e submetidas aos tratamentos de dessecação: sem incubação; com incubação em solução de polietilenoglicol (PEG6000) nas concentrações de -1,4; -1,7 e -2,0MPa; com incubação em solução de PEG -1,4MPa + ABA nas concentrações de 1, 10 e 100 μM. O delineamento inteiramente casualizado (DIC) foi utilizado em todos os experimentos com 4 repetições de 25 sementes. A superação de dormência utilizando água quente proporcionou germinabilidade superior a 65%. As sementes de Senna multijuga, apesar de não serem fotoblásticas positivas obrigatórias, apresentaram maior porcentagem de germinação sob condições de luz. Foi possível observar a retomada do crescimento após a secagem em sementes germinadas com radículas de até 3 mm de comprimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, M. C. F. et al. Influência da temperatura e do substrato na germinação de sementes de saguaraji (Colubrina glandulosa Perk. – Rhamnaceae). Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 20, n. 2, p. 346-349, 1998.

BARBEDO, C. J.; MARCOS FILHO, J. Tolerância à dessecação em sementes. Acta Botanica Brasilica, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 145-164, 1998.

BARTELS, D. Desication tolerance studied in resurrection plant Caterostigma plantagineum. Integrative & Comparative Biology, Oxford, v. 45, p. 696-701, 2005.

BASKIN C. C.; BASKIN J. M. Seeds: ecology, biogeography and evolution of dormancy and germination. San Diego: Academic Press, 1998. 627 p.

BERJAK, P. Unifying perspectives of some mechanisms basic to desiccation tolerance across life forms. Seed Scicence Research, Cambridge, v. 16, p. 1-5, 2006.

BERJAK, P.; PAMMENTER, N. W. What ultrastructure has told us about recalcitrant seeds. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Campinas, v. 12, p. 22-55, 2000.

BERJAK, P.; PAMMENTER, N. W From Avicennia to Zizania: Seed Recalcitrance in Perspective. Annals of Botany, Oxford, v. 101, p. 213-228, 2008.

BERJAK, P.; FARRANT, J. M.; PAMMENTER, N. W. Seed desiccation tolerance mechanisms. In: JENKS, M. (Ed.). Plant desiccation tolerance. Ames, IO: Blackwell Publishing, 2007.

BRASIL. Ministério da agricultura. Regras para análise de sementes. Brasília: Ministério da Agricultura, 2009. 398 p.

BUITINK, J. et al. The re-establishment of desiccation tolerance in germinated radicles of Medicago truncatula Gaertn. seeds. Seed Science Research, Cambridge, v. 13, p. 273-286, 2003.

CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Brasília: Embrapa/CNPF, 1994. 640 p.

CASAL, J. J.; SÁNCHEZ, R. Phytochromes and seed ghermination. Seed Science Research, New Delhi, v. 8, p. 317-329, 1998.

DAVIDE, A. C.; FARIA, J. M. R.; BOTELHO, S. A. Propagação de espécies florestais. Belo Horizonte: CEMIG/UFLA/FAEPE, 1995. 45 p.

FARIA, J. M. R. et al. Changes in DNA and microtubules during loss and re-establishment of desiccation tolerance in germinating Medicago truncatula seeds. Journal of Experimental Botany, Oxford, v. 56, n. 418, p. 2119-2130, 2005.

FERREIRA, D. F. Sisvar 4.3. 1999. Disponível em: <http://www.dex.ufla.br/~danielff/softwares.htm>. Acesso em: 1 fev. 2010.

GARNCZARSKA, M.; BEDNARSKI, W.; JANCELEWICZ, M. Ability of lupine seeds to germinate and to tolerate desiccation as related to changes in free radical level and antioxidants in freshly harvested seeds. Plant Physiology and Biochemistry, New Delhi, v. 47, n. 1, p. 56-62, jan. 2009.

HILTON, J. R. How light affects weed seed germination. Derby, v. 28, n. 3, p. 95-97, 1985.

KERMODE, A. R.; FINCH-SAVAGE, B. E. Desiccation Sensitivity in Orthodox and Recalcitrant Seeds in Relation to Development. In: BLACK, M.; PRITCHARD, H. W. (Org.). Desiccation and survival in plants: drying without dying. Londres: CABI Publishing, 2002. p. 149-184.

KHAN, A. A. Control and manipulation of seed dormancy. In: LANG, G. A. (Ed.). Plant dormancy: physiology, biochemistry and molecular biology. Wallingford: CAB International, 1996. p. 29-45.

LEMOS FILHO, J. P. et al. Germinação de aquênios de Senna macranthera, Senna multijuga e Stryphnodendron polyphyllum. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília v. 32, p. 357-361, 1997.

LIMA, C. M. R.; BORGHETTI, F.; SOUSA, M. V. Temperature and germination of the Leguminosae Enterolobium contortisiliquum. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Campinas, v. 9, n. 2, p. 97-102, 1997.

LIN, T. P. et al. Disappearance of desiccation tolerance of imbibed crop seeds is not associated with the decline of oligosaccharides. Journal of Experimental Botany, Lancaster, v. 49, n. 324, p. 1203-1212, 1998.

MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: Fealq, 2005. 495 p.

MASETTO, T. E. et al. Desiccation tolerance and DNA integrity in Eugenia pleurantha O. Berg. (Myrtaceae) seeds. Revista Brasileira de Sementes, Viçosa, v. 30, n. 1, p. 51 -56, 2008.

OLIVEIRA, L. M.; FERREIRA, R. A.; CARVALHO, M. L. M. Germinação de sementes de Senna multijuga (Rich.) Irwin et Barn., sob diferentes condições de radiação luminosa e temperaturas. Revista Ciência Agronômica, Ceará, v. 34, n. 2, p. 213-218, 2003.

PASSOS, M. A. A.; LIMA, T. V.; ALBUQUERQUE, J. L. Quebra de dormência de sementes de leucena. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 10, n. 2, p. 97-102, 1988.

PEREIRA, W. V. S. Tolerância à dessecação em sementes de Copaifera langsdorffii e Tapirira obtusa. 2011. 68 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2011.

PRITCHARD, H. W. et al. Ecological correlates of seed desiccation tolerance in tropical african dryland trees. American Journal of Botany, Columbus, v. 91, n. 6, p. 863-870, jun. 2004.

RIBAS, L. L. F.; FOSSATI, L. C.; NOGUEIRA, A. C. Superação da dormência de sementes de Mimosa bimucronata (DC.) O.Kuntze (maricá). Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 18, n. 1, p. 98-101, 1996.

SALOMÃO, A. N.; EIRA, M. T. S.; CUNHA, R. The effect of temperature on seed germination of four Dalbergia nigra Fr. Allem – Leguminosae. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 9, n. 4, p. 588-594, 1995.

SOCOLOWSKI, F.; TAKAKI, M. Germination of Jacaranda mimosifolia (D.Don - Bignoniaceae) seeds: effects of light, temperature and water stress. Brazilian Archives of Biology and Technology, Curitiba, v. 47, p. 785-792, 2004.

TAKAKI, M. New proposal of classification of seeds based on forms of phytochrome instead of photoblastism. Brazilian Journal of Plant Physiology, Brasília, v. 13, p. 103-107, 2001.

VIEIRA, C. V. et al. Stress-associated factors increase after desiccation of germinated seeds of Tabebuia impetiginosa Mart. Plant Growth Regulation, Dordrecht, n. 62, p. 257-263, 2010.

Downloads

Publicado

28-12-2016

Como Citar

Ribeiro, D. E., de Alvarenga, A. A., Martins, J. R., Rodrigues, A. C., & Maia, V. O. (2016). GERMINAÇÃO E REINDUÇÃO DA TOLERÂNCIA À DESSECAÇÃO EM SEMENTES DE <i>Senna multijuga</i> (RICH.) IRWIN ET BARN. Ciência Florestal, 26(4), 1133–1140. https://doi.org/10.5902/1980509825031

Edição

Seção

Artigos