Gestão florestal no estado do Amazonas em tempos de pós-descentralização

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509819151

Palavras-chave:

Amazônia, Instituições florestais, Gestão organizacional

Resumo

Os principais problemas enfrentados pelas instituições florestais diante de interesses diversos são o estabelecimento e o cumprimento das regras de uso e proteção dos recursos florestais. Essa perspectiva é o foco deste estudo, o qual visa evidenciar o grau de desenvolvimento da gestão organizacional das instituições responsáveis pela gestão florestal do Estado do Amazonas no ambiente pós-descentralização. A pesquisa identificou dois endereços institucionais responsáveis pela gestão das florestas: a Sepror e a SDS, os quais desempenham papéis dispersos nas duas instâncias de administração direta. Esta dualidade evidencia conflitos de atribuições. Vistos como elementos de gestão pública, esses endereços são deficientes na perspectiva dos servidores públicos e usuários. Dentre as fragilidades institucionais apontadas, ressalta-se a falta de um pacto entre governo federal e estadual quanto à descentralização. Isso contribui para o atual quadro da institucionalidade florestal no estado, responsável pela gestão do maior remanescente de cobertura florestal do país. 

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Biografia do Autor

José das Dores de Sá Rocha, Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, RO

Professor do Departamento de Eng. Florestal da Universidade Federal de Rondônia, com atuação nas áreas de instituições, economia, política e legislação florestal.

José Arimatéa Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Barra Mansa, RJ

Atua na área de insituições, economia, política e legislação florestal.

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Publicado

10-12-2019

Como Citar

Rocha, J. das D. de S., & Silva, J. A. (2019). Gestão florestal no estado do Amazonas em tempos de pós-descentralização. Ciência Florestal, 29(4), 1579–1591. https://doi.org/10.5902/1980509819151

Edição

Seção

Artigos