Esta é uma versão desatualizada publicada em 2022-07-25. Leia a versão mais recente.

Jardim sensorial do Espaço de Convivência com o Ambiente Semiárido (e-CASA) como ferramenta para o ensino de botânica no ensino fundamental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X67340

Palavras-chave:

Experiência sensorial, Espaço educador, Projeto socioambiental

Resumo

O presente estudo trata-se de uma atividade realizada no jardim sensorial (J.S.), que integra o Espaço de Convivência com o Ambiente Semiárido - e-CASA, lócus de realização das ações do Programa de Extensão: Educação agroecológica e ambiental: diálogos entre universidade e escola para a convivência com o semiárido. O referido jardim visa a proporcionar experiências sensoriais aos visitantes, por meio do contato com as plantas, podendo ser utilizado como recurso para fins científicos e didáticos. Com o objetivo de verificar a efetividade de atividades desenvolvidas no J.S. do e-CASA, como ferramenta didática para o ensino de Botânica nos anos finais do Ensino Fundamental, foram convidados estudantes de uma escola pública de Picos. Cabe ressaltar, que o projeto foi executado após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, e os alunos só puderam participar com anuência formal de seus pais ou responsáveis. Durante a visita guiada, os dados foram coletados a partir da observação sistemática e através de relatos dos alunos. Posteriormente, foram aplicados questionários semiestruturados de forma a obter informações referentes ao estudo e analisar o nível de satisfação dos sujeitos envolvidos quanto às atividades desenvolvidas. Os resultados demostraram que 23 participantes sentiram-se satisfeitos com a experiência, atribuindo nota máxima. Observou-se, também, muitos acertos quanto ao reconhecimento das plantas presentes do jardim sensorial, 53,3% identificaram mais de um exemplar e 46,7% pelo menos uma das plantas apresentadas, e o sentido mais utilizado para a identificação dessas plantas foi o tato. Concluiu-se, dessa forma, que atividades dessa natureza são necessárias, visto que estimulam os alunos a se tornar sujeitos ativos de sua aprendizagem e permitem resgatar conhecimentos prévios visando à construção do conhecimento científico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paula Virginia do Nascimento Silva, Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, Brasil

Graduanda em Ciências Biológicas.

Amanda Macêdo Rocha, Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, Brasil

Possui Técnico em Meio Ambiente, Licenciatura em Ciências Biológicas e Mestrado em Biodiversidade Vegetal.

Juliana do Nascimento Bendini, Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas, mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente e doutorado em Zootecnia. Atualmente é professora efetiva do curso de Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza.

Maria Carolina de Abreu, Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, Brasil

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas, mestrado em Botânica e doutorado em Botânica. 

Referências

ABREU, M. C. et al. Botânica em cinco sentidos: o jardim sensorial como um instrumento para a sensibilização quanto a importância da botânica em escolas de um município do sertão piauiense. Research, Society and Development, Vargem Grande Paulista, v. 10, n. 1, p. 1-14, 2021.

AMOROZO, M. C. M. A abordagem etnobotânica na pesquisa de Plantas Medicinais. In: DISTATSI, L.C. (Org.). Plantas medicinais: Arte e Ciência, um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: EDUSP. p. 47-68. 1996.

BARROS, M. S. et al. Conhecimento e uso de plantas medicinais pela comunidade Cipaúba em Picos-PI. Gaia Scientia, João Pessoa, v. 12, n. 1, p. 245-258, 2018.

BAPTISTA, G. C. S.; EL-HANI, C. N. Investigação etnobiológica e ensino de biologia: uma experiência de inclusão do conhecimento de alunos agricultores na sala de aula de biologia. In: TEIXEIRA, P. M. M. (Org.). Ensino de Ciências: pesquisas e reflexões. Ribeirão Preto: Holos, p. 84-96, 2006.

BORGES, T. A.; PAIVA, S. R. Utilização do jardim sensorial como recurso didático. Revista Metáfora Educacional, [s.l.], n. 7, p. 27-39, 2009.

CAPRA, F. A. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos seres vivos. São Paulo: Cultrix, 2006.

CHIMENTTHI, B; CRUZ, G. Jardim sensorial: um jardim deve ser possível para todos. Casa & Cia. arq, Niterói, RJ, 2007. Disponível em: Acessado em: 18/07/2021

CORDEIRO, P. H. F. et al. Jardim sensorial: ambiente não formal de ensino em Botânica. São Carlos: UFSCar/CPOI, 2019.

FERREIRA, A. A.; JOAQUIM, W. M. Proposta de implantação de um jardim sensorial como ferramenta de ensino nas escolas do ensino fundamental II. Revista Univap, São José dos Campos, v. 22, n. 40, p. 239- 239, 2016.

GOLDSCHMIDT, A. I. et al. A importância do lúdico e dos Sentidos Sensoriais Humanos na Aprendizagem do Meio Ambiente. 2008. Disponível em <https://www.sieduca.com.br/2008/admin/upload/70.doc>. Acessado em: 18/07/2021

HUSSEIN, H. The influence of sensory gardens on the behaviour of children with special educational needs. Procedia-Social and Behavioral Sciences, [s.l.], v. 38, p. 343-354, 2012.

KANASHIRO, M. A cidade e os sentidos: sentir a cidade. Desenvolvimento e meio ambiente, Curitiba, n.7, p. 155-160, 2003.

MATOS, M. A. et al. Projeto e construção de jardim sensorial no jardim botânico do IBB/UNESP. Revista Ciência em Extensão, São Paulo, v. 9, n. 2, p.141-151, 2013.

NASCIMENTO, A. M. S. et al. Os cincos sentidos como alternativas metodológicas no ensino da botânica. Revista de Desenvolvimento e Inovação, Porto Velho, v. 1, n. 1, p.43-53, 2013.

OSÓRIO, M. G. W. Jardim Sensorial como instrumento para Educação Ambiental, Inclusão e Formação Humana: Uma proposta para o campus Reitor João David Ferreira Lima da Universidade Federal de Santa Catarina. 2018. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.

QUEIROZ, R. M. de, et al. A caracterização dos espaços não formais de educação científica para o ensino de ciências. Revista Amazônica de Ensino de Ciências, Manaus, v. 4, n. 7, p. 12-23, 2011.

SILVA, L. C. Plantas ornamentais tóxicas presentes no shopping Riverside Walk em Teresina – PI. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 4, n. 3, .69-85, 2009.

SILVA, M. O. C. Botânica para os sentidos: Preposição de plantas para elaboração de um jardim sensorial. 21 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Ciências Biológicas) – Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2014.

SILVA, P. H.; OLIVEIRA, Y. R.; ABREU, M. C. Uma abordagem etnobotânica acerca das plantas úteis cultivadas em quintais em uma comunidade rural do semiárido piauiense, Nordeste do Brasil. Journal of Environmental Analysis and Progress, Recife, v. 2, n. 2, p. 144-159, 2017.

TUAN, Y. F. Topofolia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. (Tradução de Lívia de Oliveira). Londrina: Eduel, 2012.

VALENTE, D. O. Imagens que comunicam aos dedos: a fabricação de desenhos táteis para pessoas cegas. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 17, Florianópolis. Anais[...], Florianópolis: Panorama da Pesquisa em Artes Visuais, 2008, p 1013- 1024.

VEIGA, C. B. Jardim sensorial. Natureza, São Paulo, ano 21, n. 245, Jun., 2008.

Downloads

Publicado

2022-07-25

Versões

Como Citar

Silva, P. V. do N., Rocha, A. M., Bendini, J. do N., & Abreu, M. C. de. (2022). Jardim sensorial do Espaço de Convivência com o Ambiente Semiárido (e-CASA) como ferramenta para o ensino de botânica no ensino fundamental. Ciência E Natura, 44, e38. https://doi.org/10.5902/2179460X67340

Edição

Seção

Geociências

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)