A imaginação no contexto da recepção
DOI:
https://doi.org/10.5902/2175497790297Palavras-chave:
Imaginação, Pesquisa, RecepçãoResumo
Os conceitos de imaginação e imaginário são historicamente polissê- micos e escorregadios, mas isso não impede seu uso frequente na conversa corriqueira sobre mídia e cultura, assim como na discussão acadêmica sobre o tema. O artigo procura contribuir para uma atenção mais detalhada a tais conceitos, especialmente no campo da pesquisa de recepção. Faz-se uma dis- cussão sobre as diferentes compreensões dos conceitos, seguida de um en- saio etnográfico a partir de uma pesquisa com crianças, buscando entender melhor o papel da imaginação nas mediações entre diferentes contextos sim- bólicos, como as tradições locais e a cultura das mídias. Sugere-se que um entendimento da imaginação como espaço intersubjetivo de ensaio e interpre- tação (a partir de Ricoeur), possa acrescentar nuances úteis às nossas tentati- vas de conhecer os processos de leitura das imagens e narrativas. O fluxo i- maginário faz com que todo olhar à tela de TV seja potencialmente permea- do por aquela "entrevisão" de que falava Arendt, do espaço subjetivo onde e- mergem a resposta, a imagem alternativa, o faz-de-conta. Esse potencial se materializa e amplia na vigência de um diálogo social rico, onde no conto de "um eu relatando a um outro" (Kearney) os sujeitos da recepção vão dando sentido ao que vêem e vivem em sua experiência com as mídias.
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