IDENTIDADE E A REPRESENTAÇÃO DO FEMININO EM JANE EYRE: RAZÃO, EMOÇÃO E OPRESSÃO

Autores

  • Karina Moraes Kurtz Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5902/1516849239082

Palavras-chave:

Autobiográfico. Opressão. Moralismo Religioso.

Resumo

O presente artigo tem como objeto de análise o romance autobiográfico ficcional de Charlotte Brontë, Jane Eyre. O puritanismo e o moralismo religioso que divide a maneira de pensar da personagem principal, Jane, marca a culpa religiosa à qual a personagem é submetida durante sua vida. Os objetivos englobam apontar a repressão sexual feminina na era vitoriana, o modo como ocorre a formação de identidade da protagonista diante de um ambiente hostil e como o romance de Charlotte é ao mesmo tempo uma narrativa de resistência. Entre outros fatores primordiais para compreender a oscilação entre a intuição e os conceitos éticos que permeiam a formação de Jane, estão as alegorias presentes na narrativa, as referências bíblicas, as superstições e diversos símbolos. Este trabalho leva em consideração a importância de obras que evidenciam formas de resistência diante de regimes opressivos e autoritários em relação ao sexo feminino. Conclui-se que os estudos literários são primordiais como uma inesgotável fonte que produz críticas e denúncias de ideologias impostas como forma de controle social, principalmente através da religião e dos sistemas educacionais opressivos.

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Biografia do Autor

Karina Moraes Kurtz, Universidade Federal de Santa Maria

Acadêmica do curso de Letras Inglês - licenciatura e Literatura estrangeira, bolsista de iniciação científica no grupo "Literatura e autoritarismo" na UFSM.

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Publicado

2020-09-28

Como Citar

Moraes Kurtz, K. (2020). IDENTIDADE E A REPRESENTAÇÃO DO FEMININO EM JANE EYRE: RAZÃO, EMOÇÃO E OPRESSÃO. Linguagens & Cidadania, 21. https://doi.org/10.5902/1516849239082