A política linguística de interdição: o caso de descendentes de alemão
DOI:
https://doi.org/10.5902/1516849222434Palavras-chave:
Estado Novo, Políticas linguísticas, Silenciamento das línguasResumo
O presente trabalho teve como objetivo analisar os efeitos de sentido da gestão educacional do Estado Novo (1937 a 1945) sobre as políticas linguísticas de promoção do ensino da língua portuguesa e, ao mesmo tempo, do silenciamento da língua dos descendentes de imigrantes alemães. Para tanto, buscou-se, através da história e legislação da educação, realizar uma análise dos períodos históricos que antecederam o Estado Novo para tentar compreender como ele se configurou e como ele foi determinante para a interdição/promoção das línguas.Downloads
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