MEMÓRIAS DE PROFESSORES DE LIBRAS: IDENTIDADE E DOCÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.5902/1516849225607Palavras-chave:
Professor, Libras, Memórias, Identidade, AutobiografiasResumo
Este artigo tem como objetivo analisar autobiografias de professores de Libras partindo das memórias de docentes que iniciaram o movimento da inclusão educacional no estado de Goiás. Essas memórias refletem e reafirmam a escolha pela profissão, favorecerem um processo reflexivo para a transformação de suas práticas, além de influenciar a formação outros futuros professores de Libras. Foram selecionadas três professoras atuantes no ensino superior que tivessem pelo menos mais de 12 anos de experiência na área. Inicialmente, foi enviando um email para as professoras com um termo de consentimento, posteriormente os relatos foram enviados pelos participantes via e-mail. Os dados foram analisados a partir dos conceitos de Memória (Halbwachs ,2006 dentre outros) e Identidade (Hall, 2009). Os resultados apontaram que as professoras tiveram um referencial docente quando crianças, e isso influenciou diretamente na escolha da docência como profissão, contribuindo assim, para a formação de suas identidades docentes. As situações por elas vivenciadas atraíram-nas de alguma forma para a área de Libras.
Downloads
Referências
BARBATO, S.; CAIXETA, J. E. Histórias de vida, identidade e memória: uma proposta
metodológica. In: BASTOS, L. C.; LOPES, L. P. da M. (Orgs.). Estudos de identidade: entre
saberes e práticas. Rio de Janeiro: Garamond, 2011. p.103-124.
BENASSI, C. A.; DUARTE, A. S.; PADILHA, S. de J. Libras no ensino superior: sessenta
horas para aprender a Língua ou para saber que ela existe e/ou como se estrutura. Revista de
Letras Norteamentos, v. 5, n. 10, p.45-59,2012.
BERTHIER, F. Les Sourdes-muets avant et depuis l'abbé de l'Epée. In : LANE, H. The deaf
experience: classics in language and education, tradução do original francês para o inglês de
Philip Franklin. Cambridge, Massachusetts e London: Harvard University Press, 1984.
BRASIL. Lei Federal 10.436, de 24 de abril de 2002. Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS,
Linguagens & Cidadania, v. 18, jan./dez., 2016.
BRASIL. Decreto-lei 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24
de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Diário Oficial da
União (Brasília, DF), 23 dez. 2005.
BOSI, E. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras,
BRAGANÇA, I. F. de S. Histórias de vidas e formação de professores: diálogos entre
Brasil e Portugal. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012.
BRUNER, J. Atos de significação. 2. ed. Trad. Sandra Costa. São Paulo: Artmed, 2002.
BRUNER, J. A Cultura da Educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 2001 [Publicado originalmente
em 1996]
CATANI, et al. História, memória e autobiografia na pesquisa educacional e na formação. In:
CATANI, et al. Docência memória e gênero: estudo sobre a formação. 2. ed. São Paulo:
Escrituras Editora, 2000. p.15-47.
CERNY, R. Z.; QUADROS, R. M. Formação de professores de Letras-Libras: construindo o
currículo. Revista E-Curriculum, São Paulo, v. 4, n. 2, p 1-15, 2009.
CLANDININ, D. J.; CONELLY, F. M. Pesquisa narrativa: experiências e história na
pesquisa qualitativa. Tradução: Grupo de Pesquisa Narrativa e Educação de Professores
ILEEL/UFU. Uberlândia: EDUFU, 2011
CORACINI, M. J. R. F. Discurso e identidade: uma questão de memória e ficção de si. In:
BASTOS, L. C.; LOPES, L P. da M. (Orgs.). Estudos de identidade: entre saberes e
práticas. Rio de Janeiro: Garamond, 2011. p.289-312.
COUTINHO, A. E. Surdo, professor de surdos- perspectiva histórica e situação atual. In:
MOURA, M. C.et.al. Educação para surdos: práticas e perspectivas. São Paulo: Editora
Santos, 2008. p.29-48.
DEWEY, J. Experiência e Educação. Trad. Renata Gaspar. Petrópolis, RJ: Vozes. 2010.
GESSER, A. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de
sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
HALL, S. Quem precisa da identidade? In: SILVA, T. T. da. (Org.). Identidade e diferença:
a perspectiva dos estudos culturais. 9.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. Trad. de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006.
Linguagens & Cidadania, v. 18, jan./dez., 2016.
JUSTINO, G. Cursos de licenciatura enfrentam queda na procura em todo Brasil. Zero Hora
Educação, Porto Alegre, 02 jul. 2015. Edição online. Disponível em: <
http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/educacao/noticia/2015/07/cursos-de-licenciaturaenfrentam-queda-na-procura-em-todo-o-brasil-4793025.html >. Acesso em 15 ago. 2015.
MONTEIRO, M. S. História dos movimentos dos surdos e o reconhecimento da libras no
Brasil. Educação Temática Digital, Campinas, v.7, n.2, p.292-302, jun. 2006.
MORALES, P. A relação professor-aluno: o que é, como se faz. 6.ed. Tradução de Gilmar
Ribeiro. São Paulo: Edições Loyola, 2006.
NASCIMENTO, L. C. R. Um pouco mais da história da educação dos surdos, segundo
Ferdinand Berthier. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v.7, n.2, p.255-265, jun.
Disponível em:
<http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/807/822>. Acesso em 22
ago. 2016.
OLIVEIRA, P. S. de J.; CASTRO, A. C. de. Processo ensino e aprendizagem de libras:
perspectivas para formação docente. In: ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas
de Ensino, 16, 2012, São Paulo. Anais do XVI ENDIPE: UNICAMP, 2012. p.553- 562.
PERLIN, G.; MIRANDA, W. Surdos: o narrar e a política. Revista de Educação e
Processos Inclusivos, UFSC/CED/NUP, Florianópolis, n.5, 2003.
PIZZIO, A. L.; QUADROS, R. M. de. Aquisição da Língua de Sinais. Licenciatura em
Letras Libras na modalidade à distância. Florianópolis: UFSC, 2011.
POLLAK, M. Memória e identidade social. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p.
-212, 1992.
RAJAGOPALAN, K. O conceito de Identidade em linguística: é chegada a hora de uma
consideração radical? In: SIGNORINI, I. (Org.). Língua(gem) e identidade: elementos para
uma discussão no campo aplicada: São Paulo: Mercado de Letras, 1998.
SILVA, T. T. A produção social da identidade e da diferença In: SILVA, T. T. (Org.).
Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 9.ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
SOARES, M. A. L. A educação do surdo no Brasil. Bragança Paulista, São Paulo: EDUSF;
Editora Autores Associados, 1999.
STROBEL, K. História da Educação de Surdos. Licenciatura em Letras Libras na
modalidade à distância. Florianópolis: UFSC, 2009.
Linguagens & Cidadania, v. 18, jan./dez., 2016.
WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, T.
T. (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 9.ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2009. p.7-72.