A LINGUAGEM JORNALÍSTICA E O FEMININO NA GUERRA: UM OLHAR SOBRE A PRESENÇA DAS MULHERES NA COBERTURA DA GUERRA DO CONTESTADO

Autores

  • Suelen Ramos Grimes Faculdade Satc (Criciúma - SC)
  • Nádia Regia Almeida Couto Faculdade Satc (Criciúma - SC)
  • Claudia Nandi Formentin Faculdade Satc (Criciúma - SC) https://orcid.org/0000-0002-9980-8362

DOI:

https://doi.org/10.5902/1516849230121

Palavras-chave:

Guerra do Contestado, Mulher, Jornalismo

Resumo

Este estudo objetiva verificar a cobertura da imprensa catarinense acerca da Guerra do Contestado, mais especificamente do jornal O Dia. Dentre as edições relacionadas ao tema, foram selecionadas oito que abordam a mulher participante do conflito. A pesquisa contextualiza a guerra e também a participação feminina, fundamental em diversos aspectos, inclusive na linha de frente das batalhas.  Por meio de autores como Beauvoir, Bourdieu e Wolf as questões de gênero e construções sociais em torno do tema são evidenciadas, integrando às narrativas de historiadores e autores que se dedicaram a estudar a Guerra do Contestado, como Nilson Thomé, Delmir José Valentini e Marli Auras e fazendo um contraponto com o material encontrado nas páginas de O Dia. Com a análise percebeu-se que as mulheres não tiveram visibilidade perante a cobertura jornalística, com exceção de poucas citações em que são colocadas como vítimas ou ainda satirizadas, como acontece com as “virgens”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Suelen Ramos Grimes, Faculdade Satc (Criciúma - SC)

Bacharela em Jornalismo pela Faculdade Satc (Criciúma - SC)

Nádia Regia Almeida Couto, Faculdade Satc (Criciúma - SC)

Jornalista, Mestra em Educação. Professora e pesquisadora da Faculdade Satc.

Claudia Nandi Formentin, Faculdade Satc (Criciúma - SC)

Jornalista e Licenciada em História, mestra e doutora em Ciências da Linguagem pela Universidade do Sul de Santa Catariana (UNISUL). Professora e pesquisadora da Faculdade Satc onde é integrante do Grupo de Estudos em Comunicação e Design – GECeD.

Referências

APOLO, R. P. O papel da mulher na Guerra do Contestado. In: FRAGA, N. C. (Org.). Contestado: o território silenciado. Florianópolis: Insular, 2009.

AURAS, M. Guerra do Contestado: a organização da irmandade cabocla. Florianópolis: Cortez, 2001.

BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo: Fatos e Mitos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BOURDIEU, P. A dominação masculina. 2. ed. - Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

CARDOZO, P. F. Invisibilidade a ser contestada: um olhar sobre as possibilidades de visibilidade dos caboclos da Guerra do Contestado nos dias atuais. In: FRAGA, N. C. (Org.). Contestado: o território silenciado. Florianópolis: Insular, 2009.

D'ANGELIS, W. Contestado: a revolta dos sem-terras. São Paulo, SP: Ed. FTD, 1991.

FELIPPE, E. J. O último jagunço: folclore na história do Contestado. Curitibanos: Universidade do Contestado, 1995.

FRIEDAN, B. Mística Feminina. Rio de Janeiro: Vozes, 1971.

POZZO, E. Maria Rosa - A que “tudo sabia”. In: DOLBERTH, A. (Org.) Maria Rosa - a 'virgem' comandante da guerra sertaneja do Taquaruçu. Curitibanos: Thipograf, 2005.

SCAPIN, A. Uma guerreira em busca de liberdade. In: DOLBERTH, A. (Org.) Maria Rosa - a 'virgem' comandante da guerra sertaneja do Taquaruçu. Curitibanos: Thipograf, 2005.

SERPA, É. A guerra do contestado (1912-1916). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1999.

THOMÉ, N. Sangue, suor e lágrimas no chão contestado. Caçador, SC: INCON/UNC, 1992.

VALENTINI, D. J. Da cidade santa à corte celeste: memórias de sertanejos e a guerra do contestado. Caçador - SC: Universidade do Contestado, 2000.

VALENTINI, D. J. Guerra do Contestado: construção da imagem do caboclo. In: DOLBERTH, A. (Org.) Maria Rosa - a 'virgem' comandante da guerra sertaneja do Taquaruçu. Curitibanos: Thipograf, 2000.

WOLF, N. O Mito da Beleza. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1992.

Downloads

Publicado

2018-03-14

Como Citar

Grimes, S. R., Couto, N. R. A., & Formentin, C. N. (2018). A LINGUAGEM JORNALÍSTICA E O FEMININO NA GUERRA: UM OLHAR SOBRE A PRESENÇA DAS MULHERES NA COBERTURA DA GUERRA DO CONTESTADO. Linguagens & Cidadania, 19. https://doi.org/10.5902/1516849230121