O PROFANO NA OBRA DE ARTE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1516849229653

Palavras-chave:

Belo, Sagrado, Profano, Arte

Resumo

No presente trabalho, intento discutir o valor atribuído ao belo desde a Antiguidade clássica até os nossos dias e as implicações políticas atreladas à ideia de beleza. Se até o Classicismo a ideia de belo estava relacionada ao sagrado, a algo que nunca é inteiramente revelado, com o Romantismo, e especialmente após a crítica de Charles Baudelaire sobre o sentir romântico, um novo conceito de belo vem à luz, um belo antes ligado ao cotidiano que ao divino postulado pela Igreja Católica. Trata-se, portanto, como postula Giorgio Agamben, da necessária profanação do sagrado por parte do objeto artístico, profanação diretamente relacionada com os questionamentos das verdades que a sociedade atual faz passar por real e intransponível. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cesar Marcos Casaroto Filho, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutorando da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Referências

AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.

AGOSTINHO, S. Confissões. 5. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2014.

ANDRADE, O. de. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003.

AQUINO, T. de. Contra gentios e suma teológica. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

ARISTÓTELES. A poética clássica. 1. ed. São Paulo: Cultrix, 2014.

BAUDELAIRE, C. Curiosités esthétiques: l’art romantique et autres oeuvres critiques. Paris: Éditions Garnier, 1986.

BAUDELAIRE, C. O pintor da vida moderna. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

CERVANTES, M. de. Don Quixote de la Mancha. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

DOSTOIEVSKI, Fi. Notas do subterrâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986.

FAETI, A. Um negócio obscuro: escola e romance na Itália. In: MORETTI, F. (Org.). A cultura do romance. 1. vol. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

FLAUBERT, G. Madame Bovary. São Paulo: Abril, 2010.

FLUSSER, V. Nossa embriaguez. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

FREUD, S. O poeta e o fantasiar. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

HEGEL, G. W. F. Cursos de estética. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

HUGO, V. Do grotesco e do sublime. São Paulo: Perspectiva, 1980.

KANT, I. Crítica da faculdade do juízo. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

MARX, C. Manuscritos econômico-filosóficos e Grundrisse. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

PESSOA, F. Livro do desassossego. 1. ed. Rio de Janeiro: Tinta-da-China Brasil, 2013.

PLATÃO. Livro III DE A república. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

PLOTINO. Sobre o belo. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

POSSEVINO, A. Coltura degl’ingegni. Roma: Forni, 1990.

RADICE, R. Estoicismo. São Paulo: Ideias & Letras, 2016.

SCHELLING, F. W. J. von. Sistema do idealismo transcendental. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

SCHILLER, J. C. F. Sobre a educação estética do homem em uma sequência de cartas. In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

SHAKESPEARE, W. Macbeth. Cadernos de pesquisa interdisciplinar em ciências humanas. Florianópolis, n. 94, p. 1-120, jul. 2008.

SITI, W. O romance sob acusação. In: MORETTI, F. (Org.). A cultura do romance. 1. vol. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 2007.

___. Sonetos. São Paulo: Hedra, 2008.

SÓFOCLES. Édipo rei. Porto Alegre: L&PM, 2015.

WILDE, O. A decadência da mentira. Rio de Janeiro: Imago, 1992.

Downloads

Publicado

2017-12-23

Como Citar

Filho, C. M. C. (2017). O PROFANO NA OBRA DE ARTE. Linguagens & Cidadania, 19. https://doi.org/10.5902/1516849229653