A mulher nos anos 60: frágil ou subversiva?
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X15916Abstract
Os gritos nos porões das delegacias, o pavor nos olhos dos interrogados e os choques elétricos rechearam as páginas dos livros publicados nos anos que se seguiram ao golpe militar de 64. Inserido nesse universo de obras escritas por mãos predominantemente masculinas, está Tropical sol da liberdade, de Ana Maria Machado. Publicado em 1988, o romance se distancia dos discursos panfletários, sangrentos ou jornalísticos, tão comuns na literatura dos “anos de chumbo”. Nossa ideia aqui é, mergulhados na subjetividade e no fôlego linguístico de Machado, investigar a construção da personagem Lena, a protagonista da narrativa, e sua relação com o contexto da Ditadura Militar de 64. Dividida entre dois mundos, o da mulher fortalecida e o da menina problemática, Lena tenta reconstruir a própria história, repleta de fraturas, muitas delas reflexos do período da repressão.Downloads
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela Literatura e Autoritarismo, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à Literatura e Autoritarismo implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).