Esquecer, silenciar ou compartilhar o trauma: algumas experiências da memória traumática na cultura contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X75303Palavras-chave:
Memória traumática, Esquecimento, LembrançaResumo
As últimas décadas do século XX, período de intensas rupturas e de fortes acelerações da experiência do tempo vivido, viram surgir a emergência da memória e, posteriormente, sua obsessão. Questionando-se quais são as memórias desse século XX, podem-se destacar as experiências traumáticas vividas através de guerras, massacres e genocídios. Dessa forma, o artigo procura abordar determinadas experiências de memórias traumáticas adotando inicialmente como base a Segunda Guerra Mundial, evento que gerou para muitas pessoas lembranças interditas, bloqueadas, esquecidas e/ou silenciadas, como aos antigos nazistas e as vítimas sobreviventes, principalmente as dos campos de concentração. Também se pretende delinear reflexões sobre as memórias traumáticas de enlutados pela morte de um ente querido, enfatizando, sobretudo, os sobreviventes do massacre da cidade italiana de Civitella Val di Chiana e os enlutados que compartilham seu pesar nas páginas da internet, como nos sites de cemitérios on-line e na rede social do Orkut.
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