O esquecimento apresentado em o O feminino e o sagrado, de Julia Kristeva e Catherine Clément, como parte da construção da identidade feminina

Autores

  • Tatiana Paula Leal Bernardes Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Leandro Garcia Rodrigues Pós-Graduação em Estudos Literários, Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X42519

Palavras-chave:

Memória coletiva, Identidade, Feminino, Esquecimento.

Resumo

A memória, por ser um processo que se constrói coletivamente, de acordo com Maurice Halbwachs (2006), pode ser usada na construção da identidade de determinados grupos. Tal construção representa pontos positivos, como a identificação com aspectos característicos das sociedades, porém, pode ser também prejudicial. Exemplo disso são as memórias de mulheres, principalmente aquelas periféricas, que estão com frequência à margem da sociedade. Dessa forma, o livro O feminino e o sagrado, de Julia Kristeva e Catherine Clément, apresenta situações em que é possível perceber um esquecimento em relação às posições femininas na sociedade, sobre a ótica dominadora, daqueles que detêm o poder de escolha para decidir qual memória será considerada oficial. Assim, é importante analisar tais imposições, uma vez que são prejudiciais e podem levar ao esquecimento de parte da memória cultural de um grupo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiana Paula Leal Bernardes, Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais

Tatiana Paula Leal Bernardes é mestranda em Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UFMG, localizado em Belo Horizonte, e desenvolve pesquisa sobre o uso da memória no texto O feminino e o sagrado, de Julia Kristeva e de Catherine Clément. Atualmente, além de pesquisadora, Tatiana é professora na rede privada de ensino.

Leandro Garcia Rodrigues, Pós-Graduação em Estudos Literários, Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais

Leandro Garcia Rodrigues é doutor e pós-doutor em Estudos Literários pela PUC-Rio; Pós-doutor em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte. É professor do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da UFMG.

Referências

ARAÚJO, Maria Paula Nascimento; SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. História, memória e esquecimento: Implicações políticas. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 79, p. 95-111, dez. 2007.

CLÉMENT, Catherine. KRISTEVA, Julia. O feminino e o sagrado. Tradução de Rachel Gutiérrez. Editora Rocco. Rio de Janeiro, 2001.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Tradução de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro. 2006, 224p.

NORA, Pierre. Les lieux de mémoire. I La république. Gallimard, 1984.

PADRÓS, Enrique Serra. Usos da Memória e do Esquecimento na História. Letras, n. 22: Literatura e Autoritarismo, Santa Maria/RS, p. 79-95, jan./jun. 1991.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, v. 5, n. 10, Rio de Janeiro, p. 200-212, 1992.

SALVATICI, Silvia. Memórias de gênero: reflexões sobre a história oral de mulheres. In. História Oral, Revista da Associação Brasileira de História Oral. V. 8(1), p. 29-42. 2005ª.

SALVATICI, Silvia. Narrativas de violência no Kosovo do pós-guerra. In. História Oral, Revista da Associação Brasileira de História Oral. V. 8(1), p. 115-127. 2005b.

Capa do Dossiê n. 23 com o título "Em torno da memória e do testemunho"

Downloads

Publicado

2020-05-16

Como Citar

Bernardes, T. P. L., & Rodrigues, L. G. (2020). O esquecimento apresentado em o O feminino e o sagrado, de Julia Kristeva e Catherine Clément, como parte da construção da identidade feminina. Literatura E Autoritarismo, (23). https://doi.org/10.5902/1679849X42519

Edição

n. 23 (2020): Dossiê "Em torno da memória e do testemunho"

Seção

Artigos

Licença

DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS

Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro  periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela Literatura e Autoritarismo, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à Literatura e Autoritarismo implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).