Houve uma revolução a leste de Bucareste? Um olhar cinematográfico sobre o fim do regime de Ceausescu
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X42488Palavras-chave:
Cinema, Enunciação, Revolução, Memória.Resumo
O presente trabalho tem como objeto de estudo a produção fílmica romena “A leste de Bucareste”, lançada nos cinemas no ano de 2005. Dezesseis anos após a revolução de 1989, Virgil Jderescu convida dois debatedores para discutir a questão chave que norteará seu programa de televisão: houve ou não houve uma revolução em nossa cidade? Diante desse enredo, julgamos interessante conjugar alguns postulados teóricos, no sentido de entender algumas questões instigantes como: a importância do processo de rememoração e a dinâmica existente entre a memória individual e a memória coletiva. Para tanto, utilizamos alguns autores importantes: para examinar o conceito de revolução, nossa principal referência é a filósofa alemã Hannah Arendt. No que diz respeito às questões relacionadas à enunciação, utilizamos os trabalhos de autores como Patrick Charaudeau e José Luiz Fiorin. Por fim, para discutir a memória, nossa principal base teórica foi Halbwachs (2015) e Pollak (1989).Downloads
Referências
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