Os gritos do cárcere: relatos sobre as oprimidas na ditadura argentina
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X35125Palavras-chave:
Gênero, Cárcere, Dispositivo de Controle, Ditadura militar argentinaResumo
O presente texto tem como objetivo discutir sobre o feminino nas relações de poder no interior dos movimentos revolucionários e do cárcere, fazendo uma construção das diferenças existente entre os gêneros em situação de tortura. A carga conceitual que leva a palavra “mulher” neste âmbito as faz ter tratamento diferenciados e, por conseguinte uma construção narrativa diferenciada, discurso que se faz questionador desde o interior da militância onde várias mulheres reclamavam do tratamento que recebiam por parte dos companheiros de luta. Judith Butler concebe a diferença tácita entre o discurso e a materialidade do feminismo, desassociando do palpável o valor do gênero. A mulher enquanto construção social é violável, torturá-la significa fazê-la minúscula enquanto gênero, o estupro por vários homens era comum e esse ato satisfazia o desejo masculino de inferiorizar a mulher, tratá-la como objeto descartável e medíocre.
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