Uma análise da escrita carcerária brasileira contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X31961Palavras-chave:
Narrativas do cárcere, Prisões brasileiras, Literatura brasileira contemporâneaResumo
A partir de 2000, livros escritos por homens presos ou recém-saídos das prisões brasileiras ganharam as páginas dos suplementos culturais de jornais e revistas de grande circulação no país, fosse porque publicados por casas editoriais de algum prestígio, fosse porque parecia haver, naquele momento, maior curiosidade em torno da vida na prisão. A escrita a partir do cárcere se funda em ambivalências que parecem remeter ao modo de sociabilidade das prisões brasileiras. Quando narram a partir da prisão, os autores encarcerados constroem uma perspectiva que, ao mesmo tempo que dialoga com a dos demais presos, confirmando seu pertencimento a esse grupo, procura escapar à condição limitadora do cárcere. A partir da análise dessa produção – em especial, dos livros Memórias de um sobrevivente, de Luiz Alberto Mendes; Diário de um detento, de Jocenir; Vidas do Carandiru, de Humberto Rodrigues; e Sobrevivente André du Rap (do Massacre do Carandiru), de André du Rap e Bruno Zeni –, este texto visa ao estabelecimento das especificidades dessa escrita e dos elementos formais e temáticos que a caracterizam.
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Referências
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