Manoel de Barros - A paisagem e a linguagem
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X29804Palavras-chave:
Manoel de Barros, Michel Collot, Natureza-paisagem, Palavras, PoesiaResumo
Nesta leitura da obra de Manoel de Barros, onde se sobressai a paisagem do pantanal mato-grossense, tentaremos identificar a relação que existe em seu trabalho, e sua apreensão dessa paisagem por uma nova combinação de palavras e figuras de linguagem. num intentar não somente de representar o sujeito-lírico interior, mas que o percebe, por fim, derramar-se na paisagem; “liquefazejar-se”, num trabalho poético que é mais a fixação de uma nova imagem do que o poeta vê que propriamente uma descrição dessa paisagem. Realçaremos, especialmente, o diálogo dos seus textos com as palavras, buscando conhecer alguns recursos utilizados pelo autor no seu fazer poético, no qual os objetos e seres rasteiros ao derredor “animizam-se.” O poeta desliza sobre as palavras, como as lesmas sobre seu líquido que, ao moverem-se, vão abandonando sob o corpo parte desse líquido, diminuindo, assim, o atrito por onde passam. Assim o faz o poeta Manoel de Barros: transforma o universo cotidiano em palavras, o lugar-comum em poesia e nesse espalhar-se, sossega das atribulações; espraia-se e projeta-se enquanto subjetividade lírica.
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