Abordagens do amor romântico: aspectos históricos, sociais e literários
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X18522Resumo
O presente estudo vincula-se ao projeto de pesquisa Narrativas e conhecimentos: especificidades teóricas e constituição de sentido, coordenado pela Prof.ª Dra. Eunice Terezinha Piazza Gai. Considerando os caminhos cursados no desenvolvimento da pesquisa, utilizamos o tema do amor para refletir sobre os possíveis conhecimentos que o processo narrativo propicia, os aspectos históricos e sociais nos quais a temática foi abordada na literatura, assim como um resgate de informações acerca das origens do tema e personagens consolidados nos romances românticos. Nessa perspectiva, delimitamos o estudo entre os amores irrealizados, os impasses responsáveis pelos impedimentos amorosos, bem como os conflitos entre a paixão e o casamento nas narrativas românticas. Para bem fundamentar esta pesquisa, tomamos o mito considerado matriz das histórias de amor, o próprio nascimento da paixão na literatura ocidental: Tristão e Isolda. O mito apresenta a visão do amor cortês e as contradições que se manifestaram desde a segunda metade do século XII entre a regra cavalheiresca e os costumes feudais. Diante da teoria do amor, abstraída do mito do amor romântico, partimos para a literatura do século XIX, considerando a presença dos amores não correspondidos. Nesta etapa, analisamos o romance de Balzac, Eugênia Grandet, que se torna exemplo da irrealização amorosa na literatura, vivida de modo mais contundente pela personagem que intitula a obra. A escolha dessa narrativa, para a análise do amor-paixão, deve-se ao fato de que o casamento é tratado como mero interesse financeiro, desconsiderando todo e qualquer envolvimento amoroso entre o casal em questão: Eugênia e Charles. Tratamos, pois, desta pluralidade significativa, deste amplo caminho trilhado não só pela literatura, mas por todos aqueles que se deixam despertar pela eternidade e fascínio dos romances românticos.Downloads
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