A vida em época de barbárie – Um anti-herói de Coetzee no vértice do conflito
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X48406Palavras-chave:
Forma literária, Processo Social, John Coetzee, Crise da ModernidadeResumo
Em uma tentativa de aproximação do método dialético da teoria crítica, o que se pretende neste artigo é uma análise da estrutura e das premissas estéticas do romance Vida e época de Michael K, do escritor John Maxwell Coetzee, em suas interfaces com as problemáticas sociais, históricas e políticas derivadas da modernidade e suas peculiares formas de violência institucionalizada e disseminação da barbárie. Procuramos pensar a narrativa do livro e, especialmente, a construção do protagonista, Michael K, legítimo herdeiro social e literário de seu quase homônimo, Joseph K, de O processo de Kafka, como uma constelação que traduz a permanente crise da modernidade e a falência da promessa de progresso proposto pela razão instrumental, que, na prática, se converteu em lastro de ruína e destruição.Downloads
Referências
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