A trajetória do centro de pesquisas e atenção integrada à mulher e à criança (1975-1992)
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236672517042Palavras-chave:
Gênero, saúde reprodutiva, planejamento familiar, direitos humanos, história das ciências médicas.Resumo
Esse artigo apresenta o debate sobre crescimento demográfico e planejamento familiar no Brasil através do estudo da trajetória de um dos atores que participou ativamente desse debate, o Dr. Helio Aguinaga, fundador e diretor do CPAIMC (Centro de Pes- quisa e Atenção Integrada à Mulher e à Criança), entidade privada de assistência à saúde da mulher, financiada por organismos internacio- nais, que participou da difusão de métodos contraceptivos e de esterilização cirúrgica feminina entre as décadas de 1970 e início dos anos 1990. A análise de sua trajetória desde a criação da entidade, em 1974, até seu envolvimento com a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), que investigou a denúncia de esterilização em massa de mulheres no Brasil e concluiu suas investigações em 1993, nos fornece o quadro para a discussão dos seguintes pontos: 1) compreender como se construiu a representação pública do CPAIMC como “instrumento de entidades estrangeiras para controlar o aumento populacional no Brasil” e 2) como a denúncia ao CPAIMC, capitaneada por parlamentares, entidades feministas e especialistas na área de saúde e de estudos populacionais, contribuiu para a promoção de outra concepção sobre políticas de gestão da reprodução, qual seja: o conceito de direito reprodutivo das mulheres.
http://dx.doi.org/10.5902/2236672517042
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