Agro-jeunesse, subjectivation et engagement dans la société agro-industrielle
DOI :
https://doi.org/10.5902/2236672590503Mots-clés :
Agro-industrie, Agro, Agrojeunesse, Agro Cosmologie, Société Agro-IndustrielleRésumé
À la fin des années 2000, la convergence des intérêts des employeurs ruraux et de l’agro-industrie a conduit à investir dans des campagnes médiatiques valorisant le agro comme symbole de la brésilienne. En plus de la création et de la colonisation d'innombrables expressions dans la langue portugaise, cet effort a entamé la structuration d'un mécanisme puissant qui produit des significations qui, en réaffirmant le sens positif du terme, sont devenues au fil du temps autonomes du contrôle et de l'intention originale de son partisans. Derrière ce mouvement de capture – matérielle, culturelle, symbolique, linguistique, psychique – est en cours la fabrication d’une “agro-cosmologie” inclusive et totalisante, le signe lui-même mobilisant l’appartenance parmi ceux qui habitent la “société agro-industrielle” ou se considèrent comme obligatoirement inclus dans celle-ci.Il s’avère que, bien qu’il maintienne une structure extrêmement hiérarchique, en plus de la segmentation et de la génération continues d’espaces de socialisation, il y a de la place pour que de nouveaux habitants potentiels s’y engagent. Partant de ce constat, et par immersion dans le principal support par lequel circule l'agro-emblème (internet), aujourd'hui puissant médiateur des rencontres traversées par les “agro-sociabilités” e texte décrit comment s'opère la différenciation des milieux partagés par l'agro-jeunesse.
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