Indicateurs de santé dans les villes amazoniennes intermédiaires pendant la crise sanitaire de la Covid-19: signes de ségrégation sociale et d'injustice environnementale

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5902/2236672569027

Mots-clés :

Covid-19, Amazonie, Indicateurs de santé, Injustice environnementale, Ségrégation

Résumé

Cet article vise à exposer l'aggravation de l'injustice sanitaire et environnementale en Amazonie brésilienne causée par la pandémie et le manque de coordination des actions du gouvernement fédéral, en mettant l'accent sur deux objets: la situation des municipalités amazoniennes, en mettant l'accent sur Manaus (AM) et l'impact différencié de la pandémie sur les peuples autochtones. Pour cela, les données du CNES, de la REGIC, de l'enquête Raccordements routiers et fluviaux 2016 et de DATASUS ont été comparées. De plus, les peuples autochtones sont doublement touchés, soit par la Covid-19, soit par la violation systématique de leurs droits territoriaux. Enfin, le travail conclut que dans les villes intermédiaires et dans les capitales amazoniennes, la situation d'effondrement sanitaire était prédominante car: (i) ces villes agissent comme des pôles sous-régionaux de soins de haute complexité en Amazonie; (ii) ils ont une forte proportion de travailleurs informels, ce qui, comme le soulignent certaines études, a une corrélation positive avec les cas de contamination et de décès par Covid-19; (iii) la plupart de la population vit dans des agglomérations subnormales, ce qui facilite la contamination par le virus (iv) il y a eu une négligence dans la manière de faire face à la pandémie par le gouvernement fédéral et les entités infranationales, sans tenir compte de la gravité supplémentaire de la pandémie dans la région.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Igor Laltuf Marques, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Chercheur et étudiant à la maîtrise en planification urbaine et régionale à l'Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

Luis Fernando Novoa Garzon, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Professeur au Département de Sciences Sociales de l'Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Docteur en Urbanisme et Aménagement du Territoire à l'IPPUR-UFRJ.

Références

ABRUCIO, F. L. et al. Combate à Covid-19 sob o federalismo bolsonarista: um caso de descoordenação intergovernamental. Revista de Administração Pública [online]. 2020, Vol. 54, nº. 4, pp. 663-677. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-761220200354 https://doi.org/10.1590/0034-761220200354x

ACSELRAD, H. Justiça ambiental e construção social do risco. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Vol. 5, 2002, pp. 49–60. Disponível em: https://doi.org/10.5380/dma.v5i0.22116

AGAMBEN, G. Estado de Exceção. São Paulo: Boitempo, 2004.

AMAZONAS tem maior quantidade de trabalhadores informais, aponta IBGE. G1, 2019. Disponível em https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2019/07/25/amazonas-tem-maior-quantidade-de-trabalhadores-informais-aponta-ibge.ghtml. Acesso em: 10/11/2021.

ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL (APIB). Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 709. 2020. Disponível em: https://apiboficial.org/files/2021/05/Pet-APIB-Cautelar-Incidental-STF-Versa%CC%83o-Final-.pdf. Acesso: set. 2021.

BARROS, A. Quase dois terços das favelas estão a menos de dois quilômetros de hospitais. Agência IBGE Notícias, 2020. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/27728-quase-dois-tercos-das-favelas-estao-a-menos-de-dois-quilometros-de-hospitais. Acesso em: 20/11/2021.

BENEVIDES, C. Segundo estudo, todos os municípios brasileiros têm déficit habitacional. O Globo, 2014. Disponível em: https://oglobo.globo.com/politica/segundo-estudo-todos-os-municipios-brasileiros-tem-deficit-habitacional-11827890. Acesso em: 18/11/2021.

BRANDÃO, C. Crise e rodadas de neoliberalização: impactos nos espaços metropolitanos e no mundo do trabalho no Brasil. Cadernos Metrópole, 19(38), 2017, 45-69.

CASTRO, M. Número de famílias indígenas afetadas por invasões quadruplica sob governo Bolsonaro. Brasil de Fato. Imperatriz, 10 jun. 2021. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2021/06/10/numero-de-familias-indigenas-afetadas-por-invasoes-quadruplica-sob-governo-bolsonaro. Acesso em: nov. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Covid-19 interrompe década de queda em leitos de internação no Sistema Único de Saúde (SUS). 2020. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/noticias/covid-19-interrompe-decada-de-queda-em-leitos-de-internacao-no-sistema-unico-de-saude-sus/. Acesso em: 13/12/2021.

FUNARI, A. P; LUI, L.; JUNIOR, C. H. C. F. A agenda urbana e a escala municipal: elementos para discussão tipológica de municípios. Brasília: Ipea, 2020. (Documento preliminar Nota Técnica, n. 1.2). Disponível em: https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/desenvolvimento-urbano/politica-nacional-de-desenvolvimento-urbano/NT2Aagendaurbanaeaescalamunicipal_elementosparadiscussotipolgicademunicpios.pdf.

GOMES, P. S.; CALDEIRA R. F. C. O que a rede urbana-regional do Brasil tem a dizer sobre o avanço da Covid-19? Ponderações para uma agenda urbana-regional atual e pós-pandemia. Espaço e Economia [Online], 20, 2020, http://journals.openedition.org/espacoeconomia/17912; DOI: https://doi.org/10.4000/espacoeconomia.17912

IBGE. Estimativas de população. 2021. Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?=&t=o-que-e. Acesso em: 15/12/2020.

IBGE. Regiões de Influência das Cidades: 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020, 192 p.

JUSTEN e cols. Dados tratados das Secretarias de Saúde das Unidades Federativas. 2021. Disponível em: https://github.com/turicas/covid19-br/blob/master/api.md#casos.

MENDONÇA, H. A difícil tarefa de combater o coronavírus em Manaus, onde metade da população vive em favelas. El País, 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-21/a-dificil-tarefa-de-combater-o-coronavirus-em-manaus-onde-metade-da-populacao-vive-em-favelas.html. Acesso em: 20/11/2021.

MOORE, J. El fin de la naturaleza barata: o cómo aprendí a dejar de preocuparme por “el” medioambiente y amar la crisis del capitalismo. In: Relaciones Internacionales, nº. 33 (Grupo de Estudios de Relaciones Internacionales GERI – Universidad Autonoma de Mexico), 2016.

__________. Transcending the Metabolic Rift: Towards a Theory of Crises in the Capitalist World-Ecology. Journal of Peasant Studies, Vol. 38 nº. 1, 2011. doi:10.1080/03066150.2010.538579.

NASCIMENTO, S. M; CASTRO, E. R. Estado de exceção como paradigma do desenvolvimento: uma análise sobre a hidrelétrica de Belo Monte. In: CASTRO, E. R. (Org.) Territórios em transformação na Amazônia: saberes, rupturas e resistências. Belém: NAEA, 2017.

PANITCH, L.; GINDIN, S. Global capitalism and American Empire. Socialist, Register, 2004. Disponível em: http://www.nodo50.org/cubasigloXXI/congreso04/panitch_060404.pdf.

PAULANI, L. M. A experiência brasileira entre 2003 e 2014: Neodesenvolvimentismo? Cadernos do Desenvolvimento, Vol. 12, nº. 20, pp. 135–155, 2017. Disponível em: http://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/ojs-2.4.8/index.php/cdes/article/view/32.

PEREIRA, R. H. M.; GOLÇALVES, C. N.; et. All. Geobr: Loads Shapefiles of Official Spatial Data Sets of Brazil. 2021. Disponível em: https://github.com/ipeaGIT/geobr.

PESSOA, Z. S.; TEIXEIRA, R. L. P. Vulnerabilidades e sociedade de riscos em tempos de COVID-19. 2020; Boletim Informativo, nº. 633 - Observatório das Metrópoles - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT). Disponível em: https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/vulnerabilidades-e-sociedade-de-riscos-em-tempos-de-covid-19/.

REDE AMAZÔNICA DE INFORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL GEORREFERENCIADA (RAISG). Mapa de garimpo ilegal na Amazônia. 2021. Disponível em: https://mineria.amazoniasocioambiental.org/. Acesso: set. 2021.

ROUBAUD, F.; RAZAFINDRAKOTO, M.; SABOIA, J.; CASTILHO, M.; PERO, V. The municipios facing COVID-19 in Brazil: socioeconomic vulnerabilities, transmisssion mechanisms and public policies. Textos para discussão, no 32. Rio de Janeiro: 2020. Disponível em: https://www.ie.ufrj.br/publicacoes-j/textos-para-discussao.html.

SALDANHA, R. F.; BASTOS, R. R.; BARCELLOS, C. Microdatasus: pacote para download e pré-processamento de microdados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Cadernos de Saúde Pública, Vol. 35, pp. 1-9, 2019.

SENADO FEDERAL. Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia. Relatório Final. Brasília, 2021. Disponível em: https://legis.senado.leg.br/comissoes/mnas?codcol=2441&tp=4. Acesso em: 03/01/2022.

SIQUEIRA, R. P. sidrar: An Interface to IBGE's SIDRA API. 2021. R package version 0.2.6. https://CRAN.R-project.org/package=sidrar.

SOUZA, O. B. “Se o coronavírus entrar nas aldeias, é possível que o aumento de casos seja explosivo”, alerta especialista. Instituto Socioambiental. 26 mar. 2020. Disponível em: https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/se-coronavirus-entrar-nas-aldeias-e-possivel-que-aumento-de-casos-seja-explosivo-alerta-especialista. Acesso em: nov. 2021.

TESOURO NACIONAL. Transferências Constitucionais. 2021. Disponível em: https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2600:1:::NO:::>. Acesso: set. 2021.

TRINDADE JÚNIOR, S. C. Cidade e Floresta: Paisagens, Interações e Horizontes de Vida Urbana na Amazônia. Ciência Geográfica - Bauru - XXV - Vol. XXV - (1): Janeiro/Dezembro – 2021

VELHO, O. G. Capitalismo autoritário e campesinato: um estudo comparativo a partir da fronteira em movimento. São Paulo: Centro Edelstein, 2009.

Téléchargements

Publiée

2022-09-27

Comment citer

Marques, I. L., & Novoa Garzon, L. F. (2022). Indicateurs de santé dans les villes amazoniennes intermédiaires pendant la crise sanitaire de la Covid-19: signes de ségrégation sociale et d’injustice environnementale. Século XXI: Revue Des Sciences Sociales, 11(2), 332–361. https://doi.org/10.5902/2236672569027