O fuzil e a cruz: poder armado e poder divino no Complexo do Alemão, RJ
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236672512794Keywords:
Exército, Polícia, Segurança Pública, Religião, CristianismoAbstract
O objetivo deste artigo é investigar processos desencadeados na região conhecida como o Complexo do Alemão, conjunto de favelas localizadas na cidade do Rio de Janeiro, desde a operação militar, ocorrida em Novembro de 2010, de “retomada do território e poder estatal” na região, sua continuidade através da ocupação militar pelo Exército Brasileiro, e a implantação, em 2012, das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A análise se inicia com a tentativa do Exército Brasileiro de se aproximar das redes religiosas locais a fim de construir um projeto religioso-secular que servisse de apoio ao processo de “pacificação”. A observação deste processo através do método etnográfico serve como janela de abertura para uma melhor compreensão de certas questões desencadeadas durante o período. A chave analítica é o conceito de Foucault (2008) sobre o pastoreio como forma de poder característica do ocidente, que ins- pirou o modo de governamentalidade ocidental. A proximidade e a aprovação das igrejas às UPPs e ao Exército Brasileiro podem estar no fato do modelo de gestão ser um modelo pastoral, cuja origem é o Cristianismo. Esta proximidade pode ser por identificação de mo- delos. A “pacificação” parece ser uma pastoralização cristã, como modelo de gestão de corpos, da segurança pública.
http://dx.doi.org/10.5902/2236672512794
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