Da revolução inacabada à guerra ética: Bensaïd como defensor e crítico dos direitos humanos.
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236672542338Palavras-chave:
Daniel Bensaïd, Direitos Humanos, Universalidade, Revolução Francesa, Guerra ética.Resumo
O presente artigo pretende abordar a obra de Daniel Bensaïd expondo os principais indutores de reflexão e contribuições críticas ao uso instrumental dos Direitos Humanos. Utilizando-nos do repertório dedutivo, e pautando-nos no revolvimento textual de autoria do militante-filósofo, o artigo (i) demonstra como o tema dos Direitos Humanos atravessa a obra de Bensaïd, marcado pela conjuntura e se articulando com outros grandes temas de sua vida, expondo as bases elementares de sua formulação; (ii) evidencia o quanto os Direitos Humanos são percebidos em sua obra como uma promessa burguesa inconclusa, que reclamam seu reconhecimento enquanto marco progressivo, ao mesmo tempo que limitado, da disputa política na modernidade; (iii) destaca como tal se manifestou no transcurso da Revolução Francesa no particular tocante às e aos não-proprietários, escravizados e mulheres; sinalizando ainda (iv) o modo como em momentos sócio-históricos distintos a defesa dos Direitos Humanos é instrumentalizada como modo de afirmação imperialista, reclamando particulares e cuidadosas abordagens na contemporaneidade, sobretudo ante a escalada do que chamou de “guerra ética”.
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