Uma “laicidade interacional”? Norma constitucional e expressão religiosa em uma universidade pública do Brasil.
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236672525351Palavras-chave:
Laicidade, Universidade Pública, Sociologia da Moral, Pós-Secularização, Representações Sociais.Resumo
A universidade é uma instituição cuja origens remontam à Europa medieval, de modo que sua estrutura inicial não pode ser dissociada da orientação moral cristã. Todavia, a partir da constituição do Estado-Nação, houve uma progressiva transformação dessa estrutura, colocando, aos poucos, o conhecimento como um propósito intramundano. Em diversos contextos ela tornou-se laica e/ou pública, assumindo como tarefa a promoção do processo modernizador sem as interferências das instituições religiosas. Recentemente, ao menos no caso brasileiro, é possível identificar uma nova transformação que, segundo o argumento que defendemos aqui, está em consonância com os deslocamentos na concepção de modernidade, ainda que essas modificações não sejam plenamente acompanhadas pela norma jurídica. Nosso estudo de caso foi a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O estudo quanti-qualitativo de nossa amostra, colhida entre alunos, professores e servidores, indicou que circulam representações sociais tanto modernas stricto-senso como multiculturais. De modo que o conceito de laicidade também se modificou, o que dá a entender que uma experiência do religioso (como traço cultural individual) se dá nesse espaço, fenômeno impensável na época da formulação da norma jurídica. Elaboramos um modelo explicativo dessa dinâmica de vivência dessa laicidade, o qual chamamos de Modelo do Relógio de Bolso.
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