Recomposições do espaço social em terras estancieiras: estilos de vida e cálculos econômicos
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236672515644Palavras-chave:
Elites rurais, Patronato rural, Estancieiros, Agronegócio, Rio Grande do Sul.Resumo
Este artigo analisa as alterações que ocorreram no espaço estancieiro do Rio Grande do Sul a partir da década de 1990, quando as políticas de abertura econômica ao mercado internacional derrubaram os preços dos gados pagos ao produtor. Desde então, os agentes dominantes veem suas posições ameaçadas, por um lado, devido ao relativo descenso econômico experimentado e, por outro lado, à ascensão de distintos agentes sociais. Abalam-se, então, a hierarquia, a honra e o reconhecimento social e reforçam-se as relações cujo sistema de troca se baseia na economia monetária. As alterações das posições no espaço social compreendem o descenso coletivo do patronato estancieiro e a ascensão dos colonos e trabalhadores nas estâncias, também chamados de gauchinhos. Mas, se as trajetórias exitosas socialmente como senhores de terra são colocadas em questão, também os são os cálculos de comportamento econômico desses grandes proprietários e das formas de pensar o espaço social. Nesta investigação, fez-se uso da observação direta para geração de dados etnográficos, de entrevistas e de pesquisa documental e genealógica.
http://dx.doi.org/10.5902/2236672515644
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