Cooperativa de crédito e bancos comerciais: uma comparação da riqueza gerada a partir das operações de crédito

Autores

  • Roni Cleber Bonizio Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo
  • Nágila Zanco da Silva

DOI:

https://doi.org/10.5902/2359043227709

Palavras-chave:

Cooperativas de crédito, bancos, geração de riqueza

Resumo

Cooperativas de crédito são organizações sem fins lucrativos que atuam no Sistema Financeiro Nacional. Entre as vantagens de uma cooperativa ao seu associado, está a possibilidade de tomar empréstimos por taxas vantajosas quando comparadas com as encontradas em bancos comerciais. Esta pesquisa teve como objetivo estimar se a cooperativa Credicitrus gerou riqueza aos seus associados ao analisar o EVA® em três anos. Para tal, foi estimada uma taxa de juros média encontrada no mercado e um resultado hipotético caso a cooperativa atua-se utilizando esta taxa em suas operações de crédito. A análise dos resultados apontou que a cooperativa não gerou riqueza aos seus cooperados em nenhum dos anos da pesquisa. Concluiu-se que a Credicitrus não conseguiu cumprir seu papel em oferecer taxas vantajosas aos seus membros. Os cooperados, nestes anos, encontraram nos bancos comerciais uma opção mais válida do que a cooperativa em sua região.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALIANÇA COOPERATIVA INTERNACIONAL (ACI). What is a co-operative? Disponível em: < https://ica.coop/en/what-co-operative >. Acessado em: 01 jun. 2017.

ASSAF NETO, Alexandre. Contribuição ao estudo da avaliação da empresa no Brasil: uma aplicação prática. 202 f. Tese (Livre Docência) – Departamento de Contabilidade, Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2004.

ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e Valor. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2014. 829p.

ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 10ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2011. 339p.

AZEVEDO, P. F.; ALMEIDA, S. F. Poder compensatório: coordenação horizontal na defesa da concorrência. Estudos Econômicos, v. 39, n. 4, p. 737-762, 2009.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução nº 1.527, de 26 de outubro de 1988. Critérios de autorização para funcionamento de instituições das áreas bancaria e de mercados de capitais - estabelece que os pontos mantidos junto ao banco central do brasil de acordo com a resolução 1060, de 19/11/85, poderão ser utilizados exclusivamente pelos seus titulares, para instalação de novas agencias ou constituição dos saldos de pontos existentes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 88. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=Resolu%C3%A7%C3%A3o&data=1988&numero=1527>. Acesso em 01 jun. 2017.

BANERJEE, A.; MOOKHERJEE, D.; MUNSHI, K.; RAY, D. Inequality, control rights, and rent seeking: sugar cooperatives in Maharashtra. Journal of Political Economy, v. 109, n. 1, p. 138-190, 2001.

BARTON, D. G. What is a cooperative? In: COBIA, D. (ed.). Cooperatives in Agriculture. New Jersey: Regents/Prentice Hall, 1989. cap. 1, p. 1-20.

BIDDEN, G. C.; BOWEN, R. M.; WALLACE, J. S. Does EVA® beat earnings? Evidence on associations with stock returns and firm values. Journal of Accounting and Economics, v. 24, n. 3, p. 301-336, 1997.

BLACK, H.; DUGGER, R. H. Credit unions structure, growth and regulatory problems. The Journal of Finance, v. 36, n. 2, p. 529-538, 1981.

BRASIL. Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e creditícias, cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 1964. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm>. Acesso em 01 jun. 2017.

BRASIL. Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965. Disciplina o mercado de capitais e estabelece medidas para o seu desenvolvimento. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 jun. 1965. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4728.htm>. Acesso em 01 jun. 2017.

BRESSAN, V. F. G.; BRAGA, M. J.; RESENDE FILHO, M. A.; BRESSAN, A. A. Brazilian credit union member groups: borrower- dominated, saver-dominated or neutral behavior? BAR-Brazilian Administration Review, v. 10, n. 1, p. 40-56, 2013.

BROWN, R.; PIERCE, B. The empirical validity of EVA. Paper Presented at The Management Accounting Research Conference, at London School of Economics, London, April 2000.

CARVALHO, F. L.; DIAZ, M. D. M.; BIALOSKORSKI NETO, S.; KALATZIS, A. E. G. Saída e insucesso das cooperativas de crédito no Brasil: uma análise do risco. Revista Contabilidade & Finanças, v. 26, n. 67, p. 70-84, 2017.

COOK, M. L. The Future of U.S. Agricultural Cooperatives: A Neo-Institutional Approach. American Journal of Agricultural Economy, n. 77, p. 1153-1159, 1995.

ETGETO, A. A.; SILVA, G. C. B. VICENTE, F. C.; GIROTTO, M. W. MIRANDA, I. T. P. Os princípios do cooperativismo e as cooperativas de crédito no Brasil. Maringá Management: Revista de Ciências Empresariais, v. 2, n.1, p. 7-19, 2005.

HANSMANN, H. The Ownership of Enterprise. Cambridge: The Belknap Press of Harvard University Press, 1996. 372p.

INSTITUTO ASSAF. Bancos. Disponível em . Acesso em: 29 maio 2017.

JENSEN, M. C. Value maximization, stakeholder theory, and the corporate objective function. Business Ethics Quarterly, v. 12, n. 2, p. 235-256, 2002.

MARTINS, G. A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. 250p.

MÉNARD, C. Plural forms of organization: Where do we stand? Managerial and Decision Economics, v. 34, n. 3-5, p. 124-139, 2013.

MCKILLOP, D. G.; WILSON, J. O. S. Credit unions as cooperative institutions: distinctiveness, performance and prospects. Social and Environmental Accountability Journal, v. 35, n. 2, p. 96-112, 2015.

NOVKOVIC, S. Defining the co-operative difference. The Journal of Socio-Economics, v. 37, n. 6, p. 2168-2177, 2008.

OBSCOOP. Cooperativismo de crédito brasileiro apresenta aumento no valor total de ativos, apesar de queda na quantidade de cooperativas. Disponível em: <http://obscoop.fearp.usp.br/dp7/blog/cooperativismo-de-cr%C3%A9dito-brasileiro-apresenta-aumento-no-valor-total-de-ativos-apesar-de-queda>. Acesso em 07 abr. 2017.

ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS. Agenda Institucional do Cooperativismo. Disponível em: < http://www.brasilcooperativo.coop.br/GERENCIADOR/ba/arquivos/agenda_institucional_do_cooperativismo_2015.pdf >. Acesso em 06 abr. 2017.

PINHEIRO, J. L. Mercado de Capitais: fundamentos e técnicas. 14ª ed. São Paulo: Atlas, 2014. 606.

PORTAL COOP. O que é cooperativismo? Disponível em: . Acessado em: 18 nov. 2015.

PORTAL DO COOPERATIVISMO FINANCEIRO. Conheça as maiores instituições financeiras cooperativas do Brasil, base dez-2015. Disponível em: <http://cooperativismodecredito.coop.br/2016/04/conheca-as-maiores-instituicoes-financeiras-cooperativas-do-brasil-base-dez-2015/>. Acesso em 15 jun. 2017.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334p.

SHAFFER, J. D. Thinking about farmers’ cooperatives, contracts, and economic coordination. In: ROYER, J. S. (ed.). Cooperative theory: new approaches. ACS Research Report n. 18. Washington, D.C.: USDA, 1987. p. 61-86. Disponível em . Acesso em: 01 jun. 2017.

SMITH, D. J.; CARGILL, T. F; MEYER, R. A. Credit unions: an economic theory of a credit union. The Journal of Finance, v. 36, n. 2, p. 519-528, 1981.

SMITH, D. J. A test for variant objective functions in credit unions. Applied Economics, v. 18, n. 9, p. 959-970, 1986.

SOARES, M. M.; SOBRINHO, A. D. M. Microfinanças: o papel do Banco Central do Brasil e a Importância do Cooperativismo de Crédito. 2ª ed. Brasília: Banco Central do Brasil, 2008. 184p.

STAATZ, John M. The structural characteristics of farmer cooperatives and their behavioral consequences. Cooperative theory: New approaches. ACS Research Report n. 18. Washington, D.C.: USDA, 1987, p. 33-60. Disponível em < http://ageconsearch.umn.edu/record/52017/files/agCoopService-084.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2017.

STERN, J. M. Prefácio. In: EHRBAR, A. EVA: a verdadeira chave para a criação da riqueza. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999, VII-XIV.

THENÓRIO FILHO, L. D. Pelos caminhos do cooperativismo: com destino ao crédito mútuo. 2ª ed. Brasília: Central das Cooperativas de Crédito do Estado de São Paulo, 2002. 304p.

Downloads

Publicado

2018-08-02

Como Citar

Bonizio, R. C., & Zanco da Silva, N. (2018). Cooperativa de crédito e bancos comerciais: uma comparação da riqueza gerada a partir das operações de crédito. Revista De Gestão E Organizações Cooperativas, 5(9), 71–84. https://doi.org/10.5902/2359043227709