Governança sob a ótica da economia institucional: estudo em uma cooperativa Fair-Trade
DOI:
https://doi.org/10.5902/2359043241030Palavras-chave:
Cooperativismo, governança corporativa, governança corporativa em cooperativas, economia institucionalResumo
O presente estudo versa sobre a governança corporativa em organizações cooperativas sob a ótica da Economia Institucional. Buscou-se verificar quais entre os aspectos relacionados aos custos de agência, de transação, controle e influência se destacavam na estrutura de governança da cooperativa analisada. Como ambiente de estudo, foi escolhida uma cooperativa agropecuária da agricultura familiar de certificação Fair-Trade, localizada no Sul de Minas Gerais. Os resultados mostram que, em uma estrutura organizacional simples e com gestão tradicional, os custos democráticos, desde a análise prévia de novos associados, à presença ativa de conselhos de núcleos nos espaços de decisão, até a constante busca por treinamento externo por meio da contratação de consultorias, se destacam e contribuem diretamente para maior transparência e bom desempenho da cooperativa, uma vez que são minimizados alguns dos problemas típicos das cooperativas, de acordo com a teoria da Economia Institucional.
Downloads
Referências
ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, Jose Paschoal. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. In: Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. Atlas, 2004.
BIALOSKORSKI NETO, Sigismundo. Gobierno y papel de los cuadros directivos en las cooperativas brasileñas: estudio comparativo. CIRIEC-España, revista de economía pública, social y cooperativa, n. 48, 2004. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=17404811. Acesso em: 30 Nov. 2017.
BIALOSKORSKI NETO, Sigismundo; GIRÃO BARROSO, Marcelo Francini; REZENDE, Amaury José. Governança cooperativa e sistemas de controle gerencial: uma abordagem teórica de custos da agência. BBR-Brazilian Business Review, v. 9, n. 2, 2012. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/1230/123023052004/ . Acesso em: 06 Nov. 2017.
BIALOSKORSKI NETO, Sigismundo. Aspectos econômicos das cooperativas. Belo Horizonte: Mandamientos, 2006. 222p.
BIALOSKORSKI NETO, Sigismundo. Um ensaio sobre desempenho econômico e participação em cooperativas agropecuárias. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 45, n. 1, p. 119-138, 2007.
BUAINAIN, Antônio Márcio et al. O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola. Brasília, DF: Embrapa, 2014.,2014.
BUENO, Newton Paulo. Lógica da ação coletiva, instituições e crescimento econômico: uma resenha temática sobre a nova economia institucional. Revista EconomiA, v. 5, n. 2, p. 361-420, 2004.Disponível em: http://www.anpec.org.br/revista/vol5/vol5n2p361_420.pdf. Acesso em: 10 Dez. 2017.
COOK, Michael L. The future of US agricultural cooperatives: A neo-institutional approach. American Journal of Agricultural Economics, v. 77, n. 5, p. 1153-1159, 1995.
COSTA, Davi Rogério de Moura. Propriedade e decisões de gestão em organizações cooperativas agropecuárias brasileiras. 2010. Tese de Doutorado.
COSTA, Davi Rogério de Moura; CHADDAD, Fabio Ribas; AZEVEDO, Paulo Furquim de. Separação entre propriedade e decisão de gestão nas cooperativas agropecuárias brasileiras. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 50, n. 2, p. 285-300, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20032012000200005. Acesso em: 20 Out. 2018.
DE AZEVEDO, Paulo Furquim et al. Nova economia institucional: referencial geral e aplicações para a agricultura. Instituto de Economia Agrícola, 2000. Disponível em: http://www.gepai.dep.ufscar.br/pdfs/1085082759_ASP-REFERENCIAL.pdf. Acesso em: 04 Nov. 2017.
FERREIRA, Gabriel Murad Velloso et al. GOVERNANÇA E SUA RELAÇÃO COM A FIDELIDADE EM COOPERATIVAS. 2014. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Maria.
FONTES FILHO, Joaquim Rubens; MARUCCI, José Carlos; DE OLIVEIRA, Mauro José. Governança cooperativa: participação e representatividade em cooperativas de crédito no Brasil. Revista de Contabilidade e Organizações, v. 2, n. 4, p. 107-125, 2008.
FRANTZ, Walter. Associativismo, cooperativismo e economia solidária. 2012.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. coordenado pela Universidade Aberta do Brasil–UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica–Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS, v. 2, n. 0, p. 0, 2009. Disponível em: http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf. Acesso em: 30 mai.2017.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, v. 5, n. 61, p. 16-17, 2002.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. Ediitora Atlas SA, 2008.
HENDRIKSE, George WJ. Contingent control rights in agricultural cooperatives. Strategies for cooperation, p. 385-393, 2005.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed.-São Paulo: Atlas, 2003.Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/olivianeta/disciplinas/copy_of_historia-i/historia-ii/china-e-india. Acesso em: 12 Abr. 2017.
NETO, Sigismundo Bialoskorski; GOVERNANÇA, S.; DO COOPERATIVISMO, Perspectivas. Cooperativas: economia, crescimento e estrutura de capital. 1998. Tese de Doutorado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo.
OCB. Organização das Cooperativas Brasileiras. Manual de Boas Práticas de Governança Cooperativa. Cordenação Tânea Zanella. 2017. Disponível em: http://www.ocb.org.br/arquivos/Publicacoes/Manual_Boas-Praticas.pdf. Acesso em: 20 Nov. 2017.
PIES Marcelino Pedrinho; BAGGIO, Daniel Knebel; DO CARMO ROMEIRO, Maria. Participação dos associados: um pilar estratégico de governança do cooperativismo. Revista de Administração IMED, v. 6, n. 2, p. 221-236, 2017.
POZZOBON, Daniela Maria. Three studies on farmer cooperatives: heterogeneity, member participation and democratic decision making. 2011. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. PRESNO, Nora. As cooperativas e os desafios da competitividade. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 17, p. 119-144, 2001.
DA SILVA, Sabrina Soares; DE SOUSA, Ana Rosa; LEITE, Eduardo Teixeira. Conflito de agência em organizações cooperativas: um ensaio teórico. Organizações Rurais & Agroindustriais, v. 13, n. 1, 2011. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/878/87818623006/. Acesso em: 05 Nov. 2017.
SIMIONI, Flávio José et al. Lealdade e oportunismo nas cooperativas: desafios e mudanças na gestão. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 47, n. 3, p. 739-765, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script =sci_arttext&pid=S0103-20032009000300010. Acesso em: 15 Fev. 2018.
VENTURA, Elvira Cruvinel Ferreira; FONTES FILHO, J. R.; SOARES, M. M. Governança cooperativa: diretrizes e mecanismos para fortalecimento da governança em cooperativas de crédito. Brasília: Bcb, 2009.
ZYLBERSZTAJN, Decio. Organização de cooperativas: desafios e tendências. Revista de Administração, v. 29, n. 3, p. 23-32, 1994.
ZYLBERSZTAJN, Decio. Quatro estratégias fundamentais para cooperativas agrícolas. Agronegócio cooperativo: reestruturação e estratégias. Viçosa: Suprema, p. 55-76, 2.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).